Primeiro respostas às estas perguntas que podem ser respondidas de forma mais "simples":
Para cada serviço é gerado um WAR
?
Depende, obviamente, das tecnologias/plataforma utilizadas. Em um ambiente real você perceberá que alguns micro serviços podem ser empacotados em WAR
para serem implantados em containers web Java, mas outros não serão, podem ser um simples JavaScript implantados em um HTTP server.
Trabalho com uma aplicação separadas em módulos e em 3 camadas: API's, Services e DAO: Isso é ou não considerado uma arquitetura de micro serviços (não isoladas em diferentes instâncias)?
Provavelmente não é uma arquitetura de micro serviços. É provável que esteja mais para uma arquitetura monolítica e iremos ver logo logo o que é isto.
De forma resumida (mas nem tanto :P) podemos dizer que:
- micro serviço é a consequência de quando aplicamos o príncipio da responsabilidade única no nível arquitetural, seja de software, sistemas, etc.
- considerando o dito acima, uma arquitetura orientada a micro serviços pode ser definida como um conjunto de pequenos serviços, cada qual rodando de forma independente e comunicando entre si através de um mecanismo leve, podendo cada micro serviços prover ou não uma forma de interface de usuário. Se olharmos as "entranhas" de cada micro serviço veremos que ele é independente, então fazendo uma comparação com a sua arquitetura, cada micro serviço publicará sua própria API (que inclusive pode ser a forma de integração entre micro serviços), seu próprio(s) DAO(s), etc. A granularidade vai depender da sua necessidade, levando em conta sempre independência, facilidade de escalar, de implantar, etc.
- uma arquitetura monolítica é aquela em que uma aplicação é construída em uma única unidade, considerando a plataforma Java Web, todos os serviços em um mesmo
WAR
seria uma comparação aceitável de como é empacotada uma aplicação concebida de forma monolítica.
Utilizando o enxerto do artigo que você citou:
...é possível separar os serviços em instâncias (máquinas) específicas de acordo com a exigência de hardware daquele serviço.
Sim, isto é sim possível com esta arquitetura, mas também o é com outras arquiteturas menos granulares.
O que ganhamos com micro serviços é a alta granularidade que a arquitetura permite, ou seja, podemos ter vários micro serviços em um mesmo servidor e escalarmos em outro servidor apenas outros micro serviços.
Além disto, temos os diversões padrões que são diretamente relacionados à micro serviços, como serviços únicos por máquina virtual ou por container, registro e descoberta de serviços, etc.
Nos links abaixo você poderá encontrar detalhadamente o que é uma arquitetura de micro serviços. Como perceberá é bastante grande, então não compensa incluir aqui, o detalhamento seria muito extenso:
Além do blog do Martin Fowler, veja também os do Spring, nginx e blogs técnicos de empresas que possuem arquiteturas bem granulares e APIs ricas, como Netflix, a já citada SoundCloud, entre outros, eles sempre publicam alguma coisa sobre como estão utilizando micro serviços para melhorarem a forma de implantação de seus serviços, resposta rápida a mudanças de negócio, escalabilidade, etc.
Como pode ver, já existe bastante conteúdo sobre o assunto. Então, bons estudos =)