Ambas as instruções fazem o mesmo, e o resultado final é o mesmo, diferindo apenas em pormenores de escrita e portabilidade.
Relembro que a função malloc
devolve um void*
, ou seja um ponteiro de tipo genérico, e não o poderá utilizar diretamente sem que ele seja primeiro convertido para o tipo que pretende.
Com cast
ptr = (int*) malloc (sizeof(int));
Neste caso converte explicitamente o void*
para int*
. Isto fará com o que o código seja portável para alguns compiladores muito antigos ou para c++, ainda que em c++ tenha formas melhores de alocar memória que não o malloc
.
Sem cast
ptr = malloc (sizeof(int));
Aqui o void*
é automaticamente promovido para o tipo de ponteiro que tem à esquerda, o de ptr
. Significa que se ptr
for do tipo int*
:
int *ptr = malloc (sizeof(int));
O void*
é convertido para int*
pelo compilador. Isto dá-lhe mais flexibilidade pois se tiver de mudar o tipo de ptr
é menos um local onde tem de mudar coisas. Consegue dar ainda mais um passo nesta direção se ao invés de colocar sizeof(int)
colocar o tipo no sizeof
com base no ponteiro:
int *ptr = malloc(sizeof(*ptr));
Repare que se quiser trocar o tipo de ptr
para char*
toda a instrução continua válida não sendo necessário alterar mais nada, pois neste caso será convertido para char*
:
char *ptr = malloc(sizeof(*ptr));
Para além disto acaba por dar mais legibilidade ao código pois ele é menos extenso, especialmente quando os tipos a serem alocados são longos.
Compare:
unsigned long long *ptr = (unsigned long long*) malloc(sizeof(unsigned long long));
Com:
unsigned long long *ptr = malloc(sizeof(*ptr));