Primeiro é preciso entender o significado user-agent, ou o agente do usuário, ou seja o que age/interage.
Em geral, é necessário saber qual tipo de funcionalidade é compatível com esse agente, para então disponibilizar o conteúdo em uma maneira interpretável para o mesmo, e é daí que a confusão com a repetida Mozilla começa.
O primeiro navegador web, lançado em 1993, foi o Mosaic, e este utilizava user-agent: NCSA_Mosaic/2.0
.
A Mosaic Communications, responsável pelo navegador, tornou-se Netscape Communications, e criou o Netscape Navigator, que inicialmente se chamava Mozilla (uma brincadeira na junção em inglês de Mosaic e Killer - Matador do Mosaic), e portanto sua user-agent era Mozilla/1.0
.
Como o navegador da Netscape inseria interpretações para novas funcionalidades, como frames, os servidores web passaram a prover páginas com os novos recursos, mas precisavam manter compatibilidade com o antigo Mosaic, então, restringiam as novas páginas aos agentes que continham Mozilla, enviando a página antiga, compatível com o Mosaic, aos que não tinham.
Quando a Microsoft criou o Internet Explorer, lançado em 1995, este tinha suporte a frames e demais funcionalidades do Netscape, mas seu user-agent não continha Mozilla, o que fazia com que os servidores retornassem o conteúdo pobre, interpretando-o como Mosaic. 8
Impaciente por esperar que os administradores tomassem consciência de seu novo navegador, este se apropriou do nome, e passou a enviar a user-agent Mozilla/1.22
, declarando-se compatível com o agente Mozilla. 10
Assim, o agente do usuário tem a função de especificar compatibilidades, e é utilizado assim até hoje, dizendo que ele compatível ao Mozilla, ou com KHTML like Gecko
para mostrar suporte às funcionalidades do Gecko, e navegadores Android se passando por Safari. 14 15
Note que este não tem relação com a organização sem fins lucrativos Mozilla, responsável pelo Firefox.