Eu presumo que você esteja usando o GameObject
vazio apenas como "ativador" pra animação do inimigo por motivos de desempenho (isto é, pra evitar que ele já venha animado desde a instanciação do prefab, mesmo com o avatar do jogador ainda bem longe do inimigo). Isso é uma boa coisa a se fazer, mas ainda assim seria interessante colocar esse controle no escopo do próprio inimigo.
É mais ou menos próximo do que prega a orientação a agentes: cada entidade "inteligente" no seu jogo tem seus próprios objetivos, e por isso toda a programação desses objetivos faz mais sentido no escopo do agente. Pense assim: o seu inimigo começa ou para de se animar porque ele tem como objetivo atacar o avatar do jogador. Então, na fantasia do jogo, ele não está se movendo ou parando por questões de desempenho (ainda que no mundo real isso seja extremamente útil!), mas apenas porque ele é capaz de detectar por si só a presença do jogador.
Sendo assim, eu faria da seguinte forma:
Não usaria um GameObject vazio como no seu exemplo pra detectar o jogador, mas sim usaria um trigger (o colisor é mais voltado à física) em toda a área do prefab (vermelho). Esse trigger capturaria os dois eventos de entrada (onTriggerEnter e onTriggerExit) para indicar à todos os inimigos existentes no prefab que o jogador entrou e saiu dessa área de ameaça (threat area).
O script/classe dos inimigos seria herdado de um script/classe-base, de forma que você pudesse invocar um método abstrato a partir dos eventos de colisão do trigger. Assim, cada inimigo poderia implementar o seu próprio comportamento (isto é, cada um poderia fazer como mais bem entender com a informação de que o inimigo entrou e/ou saiu da área de ameaça).
Código de Exemplo
Classe básica do Inimigo:
using UnityEngine;
using System.Collections;
public class EnemyBase : MonoBehaviour {
private bool playerNear;
public bool isPlayerNear {
get { return playerNear; }
protected set { playerNear = value; }
}
public void playerEnteredThreat ()
{
isPlayerNear = true;
}
public void playerExitedThreat ()
{
isPlayerNear = false;
}
}
Classe específica de um inimigo qualquer, herdada da classe básica:
using UnityEngine;
using System.Collections;
public class EnemySpecific : EnemyBase {
// Use this for initialization
void Start () {
}
// Update is called once per frame
void Update () {
if (isPlayerNear) {
GameObject player = GameObject.FindGameObjectWithTag("Player");
Debug.Log ("Player esta proximo! Distancia: " + Vector3.Distance(transform.position, player.transform.position));
}
}
}
Exemplo de uso (detecção das colisões e passagem de mensagem para a classe abstrata do inimigo - este é o código que vai no trigger; eu só referenciei um inimigo nele, mas dá na mesma no seu caso):
using UnityEngine;
using System.Collections;
public class Teste : MonoBehaviour {
public GameObject enemy;
void OnTriggerEnter(Collider oOther) {
if (oOther.tag == "Player")
enemy.GetComponent<EnemyBase> ().playerEnteredThreat ();
}
void OnTriggerExit(Collider oOther) {
if (oOther.tag == "Player")
enemy.GetComponent<EnemyBase> ().playerExitedThreat ();
}
}
Explicação do Código de Exemplo
A classe do inimigo herda de uma classe base, que contém todo o código para receber as indicações de entrada/saída do colisor/trigger (use o que preferir, mas se não tem intenção de ter resultados físicos, trigger é mais indicado). Esses valores são reutilizados pela classe filha (via uma propriedade que eu criei chamada isPlayerNear
, mas você poderia sobrescrever os métodos de notificação se assim desejasse.
O script que está de fato adicionado ao objeto do inimigo é o EnemySpecific
, mas note como no código do trigger ele faz o seguinte:
enemy.GetComponent<EnemyBase> ().playerEnteredThreat ();
Ou seja, ele referencia o que quer que esteja no inimigo por meio da classe abstrata. Como todos os inimigos vão herdar dessa classe (e, consequentemente, ter em sua interface o método playerEnteredThreat
, seja ele o original da classe base ou um reescrito na classe filha), isso garantidamente funciona. E permite que o trigger avise de forma genérica, e cada implementação de inimigo faz com isso o que bem desejar.
Concluindo
Essa abordagem tem a vantagem de que facilita a criação de inimigos com comportamentos distintos, de forma independente da detecção da movimentação do jogador. Hoje, por exemplo, você praticamente só detecta a aproximação do jogador. Mas imagina que o jogo tá quase pronto e então o projetista do jogo (o game designer) chegasse pra você e solicitasse uma "pequena alteração": ele quer que se o jogador consiga se desvencilhar do inimigo e se afaste, o inimigo ative uma arma de tiro único de longo alcance (sei lá, cuspa uma semente explosiva, por exemplo). Nesse caso, você vai precisar também detectar o afastamento do jogador, e com a arquitetura atual isso será bem mais difícil (talvez você terá que incluir um novo GameObject
vazio no final, e mais código duplicado pra fazer o mesmo que já faz).
Outra vantagem de saber que o avatar do jogador está na área de ameaça é que a "inteligência" do inimigo pode mudar sua atitude do ponto de vista da observação. É muito fácil cada inimigo no jogo ter uma referência ao objeto do jogador e calcular a distância euclidiana de si até ele. O problema é que isso tem custo computacional bem grande. Imagina cada inimigo em um conjunto de 100 fazendo esses cálculos (que envolvem raiz quadrada, uma operação bem custosa) a cada quadro. Usando a indicação da presença ou ausência do jogador na área de ameaça, esse tipo de cálculo pode ser realizado com um bom desempenho apenas pelos inimigos que estão na mesma área de ameaça do jogador. Pode parecer bobagem, mas isso facilita a implementação futura de comportamentos mais complexos com um desempenho melhor. Por exemplo, um inimigo poderia intencionalmente esperar que o jogador esteja muito próximo (distância bem curta) para ativar sua animação de surpresa.