Há controvérsias. Depende do que deseja e do estilo que adotar. A comunidade Python prefere o chamado EAFP em vez de LBYL (referência). Claro que tem que analisar cada caso, mas faz sentido para o tipo de linguagem.
Eu acho que isso um pouco abusivo, mas é como a linguagem definiu que deve comunicar problemas em certas situações. Então se você fizer mais ou menos assim está correto nesta linguagem. Mas mesmo nela pode haver abuso demais. Algumas pessoas começa usar exceção pra tudo, até quando não deveria, mesmo no estilo pythonico.
Algumas pessoas vão começar usar exceção onde um if
funciona tão bem ou melhor. Para mim o seu código inicial está mais certo para fazer essa validação. Me parece que no caso do seu código não faz sentido usar a exceção no lugar do if
. Me parece que é o caso do seu código, mas não dá pra cravar qual é mais certo.
O segundo é mais lento que o primeiro se der erro, mas o primeiro pode ser mais lento se não der. Para um código simples assim não faz a menor diferença, mas é bom saber disso, em algo com um laço e milhões de dados pode dar uma boa diferença, depende se os dados são mais errados ou mais certos. Teria que medir.
Eu acho o primeiro mais semântico, você mostra que se importa especificamente com aquilo antes de dar o erro. Mas ainda é legível o segundo código.
Na verdade o segundo código não é tão bom, mas porque ele foi mal escrito. Bem escrito a legibilidade muda pouco. Alguns dirão que até o segundo ficaria mais expressivo. Ficaria assim:
lista = [1, 2, 3]
numero = int(input(f'Digite um número entre 0 e {len(lista)-1}: '))
try:
print(lista[numero])
except IndexError:
print('O número digitado está fora da faixa aceita')
Capturar qualquer exceção é um erro mesmo que funcione, porque até outro tipo de erro que não é o que você está preparado para tratar ali cairia no except
. O que faria os códigos não serem equivalentes já que o primeiro é bem específico e o segundo trata qualquer erro.
Inclusive no primeiro código a mensagem deveria ser mais específica, não muda o resultado final mas deixa sua aplicação melhor.
Já disse que eu não gosto de tratar validação como exceção e pode pesquisar no site pra ver que falo disso em muitas postagens. Mas em Python acho menos problemático por ser uma linguagem de script.
Há u mdetalhe extra: se a pessoa digitar uma letra dá erro nos dois casos.
Dá um pouco mais de trabalho lidar com todo tipo de problema da primeira forma, a não ser que você crie uma função que faça isso e a chame sempre no lugar do input()
o que muita gente faz. Havia uma época que era uma das primeiras coisas que um programador faria quando aprende programar. Hoje como em geral as pessoas só aprendem seguir receitas de bolo e não usam a criatividade, não pensam sobre como solucionar algo de um jeito melhor, mesmo que dê um pouco mais de trabalho, mas seja uma solução mais adequada.
Pode ficar como exercício, melhor que muita coisa que pedem para fazer por aí porque não é só codificar, é pensar no problema, achar uma solução completa e genérica, tem que ser bem desenhada.
Mas realmente dá menos trabalho na linguagem deixar a exceção estourar e tratar porque ela não tem boas ferramentas para tratar antes do erro acontecer.
E tratar se digitou um número é bem mais complicado de fazer (eu faria, mas não estou recomendando para todos).
Algo assim parece melhor para a maioria dos pythonistas:
lista = [1, 2, 3]
try:
numero = int(input(f'Digite um número entre 0 e {len(lista)-1}: '))
print(lista[numero])
except ValueError:
print('Não foi digitado um número')
except IndexError:
print('O número digitado está fora da faixa aceita')
Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.
Eu acho que você deve usar o que achar melhor, mas deve ser consistência. Então mesmo que seja difícil e tenha que criar uma biblioteca para lidar com isso, se vai validar antes de dar o erro, deve fazer em tudo, não pode usar exceção para verificar se o dado é um dos caracteres que espera e usar condição para verificar se está dentro da faixa requerida. Claro, pode, mas é esquisito. Ambos não são casos excepcionais, por isso a exceção não é boa, mas se opta pela exceção faça em ambos. Dado inválido e algo excepcional que aconteceu são coisas diferentes.