Há uma diferença semântica importante em C++. O return
encerrará o escopo e chamará todos os destrutores pendentes. Se for o encerramento da aplicação mesmo, raramente a chamada dos destrutores produzirá um resultado diferente, mas tecnicamente é possível que algum deles faça algo que seja importante para o fim da aplicação, nem que seja imprimir uma informação relevante para o usuário ou log.
Mesmo que a ação pareça a mesma, a função exit()
provoca uma saía prematura da aplicação. Então a execução é encerrada quase imediatamente. O exit()
finaliza os objetos estáticos, mas não os destrutores. Já o abort()
e _Exit()
nem isso faz e encerra na hora.
Há diferença mesmo em C se tiver funções registradas com atexit()
. Essas funções sempre serão executadas não importa como a aplicação está sendo encerrada. Mas haverá comportamento indefinido se uma das funções vinculadas em atexit()
tiver referência para algum dado na stack. Ocorre algo parecido com setbuf()
e setvbuf()
. Isso é importante principalmente em C.documentação
Note que a função main()
não é especial e pode ser chamada dentro da aplicação. Nesse caso haverá uma diferença importante já que um return
não encerrará a aplicação, ainda que no contexto da pergunta isso não aconteceria. Mas entenda que se o que você escreveu não for chamado pelo sistema operacional (de uma forma ou de outra) e esse main()
faz parte de um módulo que será carregado e usado em outra aplicação, o seu módulo encerrará a aplicação e não só o seu código se usar o exit()
, o return
então será o mais adequado na maioria das situações.
Uma chamada ao main()
pode ser recursiva, ainda que não deva. Claro que há diferença nesse caso, mas cai no que eu falei no parágrafo anterior.
Por isso que sempre tem que escolher o jeito mais semanticamente correto. Se quer encerrar a aplicação imediatamente use o exit()
, caso contrário use o return
. Muitas pessoas dizem que se o main()
está encerrando a aplicação, o exit()
é o mais adequado. Nem todo mundo concorda, principalmente em C++. Por isso que é bom entender o funcionamento, as implicações de cada um e não seguir regras cegamente.
Não sei se conta como diferença, por ser uma função, para usá-la precisa usar um #include
para ela estar disponível, e se a unidade de código que ela está contida não entraria na aplicação, o executável ficará um pouco maior. O comando está sempre disponível.
Coloquei no GitHub para referência futura.