O termo pode ser usado de formas diferentes em programação. Em OOP ele basicamente é uma forma de agregação mais específica. Você deixa certos aspectos para outra classe - a delegada - realizar o que esta classe - a delegante - precisa.
A delegação ocorre tendo uma referência em algum membro para a outra classe. Ela permite a reutilização de código de forma manual.
A delegação não deixa de ocorrer de forma automática com herança e polimorfismo, mas neste caso o termo não costuma ser usado.
Só que herança pode ser problemática em alguns casos. E olha que em estou falando da herança múltipla que é ainda mais problemática e muitas linguagens nem a implementam.
Herança costuma ser abusada e se pensa no reuso do código sem conceituar corretamente a relação entre o tipo mais geral e mais específico. Muitas vezes o reuso pode ser obtido sem a herança. Claro que isto terá que ser feito de forma mais manual. Por outro lado há mais controle e flexibilidade sobre o reuso.
De fato linguagens modernas preferiram nem ter herança. Isto pode exigir um pouco mais de código em alguns casos por exigir a delegação manual, que é o que estamos falando aqui, mas tornam a linguagem mais simples e evitam certos tipos de problemas.
Seu exemplo
No seu exemplo mostra o que eu comentei em pergunta anterior. Para esta classe não interessa como o voo se dá. Não é responsabilidade dela (lembrando que as classes devem ter responsabilidade única, serem coesas). Ele cuida do pato de uma forma geral. O mecanismo específico do voo é definido em outra classe. A sua classe apenas chama este mecanismo.
Se não fosse esta delegação, além da classe estar fazendo mais do que ela precisa, ela ainda teria que reproduzir um código, que talvez você nem tenha acesso, no seu método. Para acessar o método que realmente implementa o mecanismo você precisa ter uma referência a esta classe e isto é obtido com a variável m_Padrao_Voaveis
.
Um detalhe interessante é que o tipo específico desta variável não foi definido neste código e, portanto, poderá usar um sub-tipo de Padrao_Voaveis
dando alguma flexibilidade ao que de fato será executado, dependendo de como esta variável seja inicializada, o que pode ocorrer dentro da própria classe de forma configurável ou não, ou externamente, ou seja pode ocorrer uma injeção de dependência.
Isto pode ser especialmente útil quando se usa interfaces. Vamos dizer que o método comportamento_pato()
faça parte de uma interface que você deve obrigatoriamente implementar nesta classe. Dá trabalho, corre riscos escrevendo todo o código deste método. Mas você pode ter a implementação específica em outra classe. Então você cumpre o contrato definindo o método exigido pela interface mas delega a implementação do código dele para o que a outra classe já sabe fazer.
Algumas linguagens possuem facilidades que automatiza um pouco essa delegação.
Coloquei no GitHub para referência futura.