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Para que usamos uma tabela de símbolos? Em quais linguagens fazem sentido isso? Ela pode ser considerada uma estrutura de dados? Há diferença entre o uso em compiladores e executáveis?

1 Resposta 1

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Em termos gerais é uma estrutura de dados que contém os nomes das variáveis e outros nomes que a aplicação precisa, com sua localização na memória e outros metadados necessários para a execução ou depuração da aplicação.

Símbolos são apenas nomes para os metadados necessários, que pode ser só o endereço onde o objeto está. Então a estrutura tende a ser algo muito parecido com um dicionário/hash ou árvore. Além de variáveis, costumam ser funções, até com seu sobrenome, se tiver.

Ela pode existir de forma até mais completa durante o processo de compilação conforme vai avaliando o código fonte e montando a tabela de tudo o que foi declarado no código. Pode existir a tabela até mesmo em uma interpretação que muitas vezes não deixa de ser uma compilação e execução.

Existem compiladores que podem trabalhar sem uma tabela de símbolos, mas só para algumas linguagens que possuem uma estrutura simplificada. Eu sei que Go não usava uma, o que permitia uma compilação mais rápida, mas não sei se até hoje está assim, tem um ponto que se torna inevitável. Tem casos que ter uma pode otimizar a compilação.

Em alguns casos os dados são simplificados e alguns símbolos podem deixar de existir, por exemplo variáveis locais em algumas tecnologias (em geral as compiladas que geram um executável nativo ou não), e claro se não está depurando.

Em geral um executável contém uma tabela de símbolos globais, especialmente se eles puderem ser relocados, assim a tabela serve de indireção para determinar onde efetivamente esteja o objeto referenciado pelo símbolo. Nestes casos uma tabela é fornecida no executável (geralmente criada pelo linker) com um endereço base dentro da aplicação (placeholder) e quando o sistema operacional faz a carga ele identifica em que posição da memória efetivamente aquele objeto está presente para colocar na tabela e assim toda vez que for acessar o objeto ele sabe o local da memória por essa tabela.

Note que é necessário para objetos estáticos que o código referencia diretamente.

Linguagens que rodam em máquina virtual costumam ter uma tabela de símbolos para execução do código, muitas vezes de forma mais rica. Mais ainda para poder debugar. Algumas linguagens até podem manipular essa tabela, especialmente as homoicônicas e é comum chamar os símbolos de atoms.

Exemplo em .NET.

Coloquei no GitHub para referência futura.

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