O seguinte código:
var mostra = delegate(string x)
{
Console.WriteLine(x);
};
mostra("teste");
O .Net não deveria identificar o var
como um Action<string>
?
E o mesmo pro dynamic
?
A resposta do Miguel Angelo já responde bem a questão. Vou apenas colocar algumas informações que podem ajudar achar alguma outra solução em alguns casos. Claro que para a questão, a solução mais simples e óbvia é a segunda alternativa da resposta dele.
O var
não é solução mágica e que deve ser usada sempre, é apenas um facilitador e quando não é possível usá-lo basta fazer como se fazia antes que é usar o tipo explicitamente. Não gosto das soluções de cast, apesar delas funcionarem. Ela só seria útil no caso do dynamic
já que este comando "esconde" o tipo em tempo de compilação.
Note que esse é um problema tão difícil de resolver que mesmo em runtime não é possível identificar sem ambiguidades qual é o tipo correto, por isto o dynamic
também não resolve.
O Eric Lippert, o criador desta funcionalidade no compilador, já explicou em sua resposta no SO porque inferir o tipo do delegate
seria muito complicado ou mesmo impossível.
Uma coisa que deve-se pensar é se precisa de uma variável neste caso. Uma coisa que eu percebo ser muito comum é programadores acharem que variável é algo absolutamente necessário em um programa. E não é. Variável é só um padrão de projeto (design pattern).
Claro que o código ficaria ilegível mas é possível programar sem o uso de variáveis. E pasmem, respeitando o DRY.
Não estou pregando isto mas assim como falo que exceções estão sendo abusadas digo que programadores vivem abusando de variáveis. Provavelmente porque eles não entendem que variável é só um local para guardar um dado temporariamente. Não entendem que se não há vantagem em guardar este dado, não deveria guardá-lo.
Curiosamente por não entender isto, cometem o erro ao contrário também. Quando variáveis podem ser usadas, acabam não usando. Falo disto nessa e nessa resposta. As pessoas não entendem que expressões podem ser substituídas por variáveis, então onde ela sabe que precisa de uma expressão, ela se vê obrigada a criar uma expressão quando uma variável basta. Não canso de ver esta aberração:
if (booleanoQualquer == true)
Coloquei no GitHub para referência futura.
Claro que a variável pode ser usada como forma de documentação dos passos que estão sendo feitos mas não é sua função principal, é um efeito colateral.
Então é bom saber que o problema realmente é com o var
e não com a inferência em si. É possível inferir quando há informação suficiente para inferir. Se não estivesse no var
e sim em um lugar onde se espera uma expressão de um tipo específico, o compilador consegue descobrir se eles são compatíveis. Isto é bem mostrado nesse blog. Veja o código dele executando.
Se não tiver que usar uma variável de fato, não a use e ganhe a inferência na maioria dos casos.
Não digo que você abusou porque sei que foi só um exemplo auto-contido.
Basta para isso, que você se pergunte qual seria o tipo do var
então?
No caso do seu exemplo:
var mostra = delegate(string x)
{
Console.WriteLine(x);
};
mostra("teste");
mostra
seria um delegate de que tipo? Action<string>
? Ou seria de um outro tipo qualquer... por exemplo, eu poderia inventar um tipo de delagate qualquer:
delegate void Xpto(string str);
E agora?
Não tem como saber, pois delegates são objetos que possuem tipo no .Net.
Existem algumas maneiras para que você indique o tipo do delegate ao C#:
var mostra = (Action<string>)delegate(string x)
{
Console.WriteLine(x);
};
mostra("teste");
Ou então:
Action<string> mostra = delegate(string x)
{
Console.WriteLine(x);
};
mostra("teste");
Ou então:
var mostra = (Action<string>)(x => Console.WriteLine(x));
mostra("teste");
Sendo esta última uma alternativa do meu primeiro exemplo, só que usando uma lambda para gerar o delegate.