A resposta do Rodrigo traz diversas vantagens do Git, então minha resposta vai mais como complemento, tentando cobrir alguns outros pontos.
Entendo que o Git acaba sendo a opção padrão mesmo para projetos individuais por alguns motivos:
Experiência. Provavelmente o desenvolvedor já trabalhou em um projeto que usa Git. E se não trabalhou, certamente vale aprender pois este conhecimento será certamente usado em sua carreira profissional ao participar de novos projetos ou trabalhando em outras empresas. O mesmo não pode se dizer de outros versionadores.
O "baú" (stash). É muito simples guardar para depois aquele código que você (acha que) precisará mais tarde usando o comando git stash
e voltar com ele todo com git stash pop
. Não sei se outros versionadores tem algo parecido, mas é um recurso muito útil.
Staging Area: se você for uma pessoa que gosta das coisas muito bem organizadas, você pode usar o Staging Area do Git para separar em diferentes commits as diversas alterações realizadas no código, sem se preocupar se outro desenvolvedor está achando um exagero :)
Há mais dois pontos ainda, que explicarei melhor abaixo: facilidade de criar um repositório e facilidade de entendimento.
Sobre a facilidade de criar um repositório, para mim não existe nada mais simples do que chegar no diretório raiz do seu projeto solo e fazer:
git init
E ter imediatamente, sem configurar nada a mais, um repositório Git totalmente funcional para aquele seu projeto solo, podendo usufruir de todas as ferramentas que o Git oferece.
Agora, imaginemos o cenário de um desenvolvedor que nunca viu Git na vida.
Normalmente muitos acabam pensando como alternativa o SVN. Mas talvez colocar um repositório SVN para funcionar não seja tão simples quanto simplesmente aprender a usar o Git.
Posto isto, vamos as dúvidas:
Objetivamente, o que é realmente determinante para escolher trocar o SVN pelo Git em um cenário de desenvolvimento individual? Que característica matadora pode definir esta escolha? Lembre-se que algumas das vantagens do Git não se aplicam a este cenário.
Pelas razões que expliquei acima, pode acabar sendo mais trabalhoso colocar um SVN para funcionar do que simplesmente criar um repositório local e aprender Git. E se você já conhece Git, não vejo vantagens em usar SVN na maioria dos cenários.
Há vantagem nisso? Vou perder alguma coisa significativa com a troca?
Agora, finalmente, explicarei sobre o que eu disse sobre facilidade de entendimento do Git. Talvez os comandos do Git não sejam muito amigáveis, mas o seu funcionamento interno é bem mais claro (ao menos para mim).
Minha experiência com SVN é antiga (meados de 2011). Na época eu consegui entender muito melhor como o Git funcionava do que como o SVN funcionava, e isto em um intervalo muito curto de tempo. Com o Git você simplesmente pode pensar no seu repositório como um grande grafo, o que facilita no entendimento de diversos cenários do repositório de uma forma visual.
Vou dar um exemplo de como o SVN pode ser confuso e, de antemão, peço perdão por não trazer mais detalhes, pois faz muito tempo que isto ocorreu comigo.
No SVN, ás vezes precisávamos pegar revisões individuais de uma branch de uma tarefa qualquer e passar para uma outra branch de release. Após isto, fazíamos o merge da branch da tarefa na branch de release e o SVN simplesmente ignorava no merge todos as revisões da tarefa anteriores a aquela revisão individual. Sei que isto é um comportamento de merge, mas o fato do SVN permitir selecionar um range de revisões (ou revisões individualmente) neste processo de merge deixava a situação bem confusa.
Quando passei a finalmente entender como o Git era mais simples neste mesmo cenário, usando cherry-pick
, e deixando claro a diferença dele para o merge ou rebase, passei a simpatizar com a ferramenta :).