Eu tenho uma palestra que falo sobre o mau uso dos chamados design patterns. O primeiro problema é que as pessoas não sabem o que são os tais DPs, e para que servem, onde podem ser aplicados, o que pode ser chamado de DP e que eles estão por toda parte, até onde você não os vê. O segundo problema é que as pessoas os estudam, aprendem a solução e aí procuram um problema para aplicá-lo. Isso está errado, você deve ter um problema e achar a melhor solução para ele. Por acaso pode ser um dos DPs.
Se você não sabe como aplicar o padrão de projeto Strategy é porque não precisa dele. Pelo menos não onde está pensando em usar. Se ele é adequado o seu uso é natural e não precisa de seletores, você cria um objeto de acordo com uma demanda e nele passa a estratégia a ser usada, o padrão é só isso. Dependendo do contexto da aplicação será uma estratégia diferente. Eventualmente se chega nesse contexto com um if
ou switch
, mas isso é tangencial e secundário, não é o que define a estratégia a ser usada e sim como operar adequadamente naquele contexto.
Com uma pergunta não muito clara não dá para saber o que é mais adequado. Para uma decisão adequada precisa entender todos os requisitos e conhecer toda organização da aplicação. DP não pode ser usado como uma receita de bolo sem contexto. A pergunta fala em estratégias de veículos diferentes, nem sei se faz sentido usar esse DP em um caso assim.
Pra falar a verdade eu duvido que seja o caso de usar o Strategy aí. Me parece que existe um objeto completamente diferente que deve tratar das tarifas, não faz o menor sentido tentar enfiar a tarifa dentro da moto ou carro. Há uma relação entre a tarifa e o veículo e o tempo usado, mas não é o mesmo objeto, uma tarifa é uma propriedade de um veículo, a não ser que a classe específica do veículo sequer seja um veículo e está mal nomeada.
Aí vem a crítica que eu faço à orientação a objeto. Se as pessoas não conseguem dar nomes certos e classificar os objetos corretamente, não tem metodologia ou paradigma que faça o software ser bem escrito. Sem bom entendimento de ontologia e taxonomia não dá para programar OO. Este código parece falhar nesses pontos, então qualquer penduricalho que tente colocar no código já é errado porque está usando uma base errada.
Eu não garanto essas coisas que eu estou colocando aqui porque a pergunta não é clara. Quando não se tem clareza do problema ao ponto de não conseguir descrever o problema em português é mais complicado escrever em Java ou outra linguagem. Todas soluções tem potencial de serem erradas, usando DP ou não.
A outra resposta diz como usar o Strategy DP, mas não diz que isto é o certo a se fazer e espero que não ache que é. Esta forma viola a coesão obrigando uma classe cuidar de coisas que não lhe dizem respeito.
Outro erro conceitual é colocar o Strategy como meio temporário de realizar algo. Este DP foi criado para criar objetos que terão a mesma estratégia por todo seu tempo de vida e não mudar conforme a situação. Novamente, isso até poderia ser o certo se aquilo não for um veículo e sim uma finalização de estadia de um veículo, que é completamente diferente de ser um veículo ou mesmo uma estadia.
A maioria dos problemas que lidamos é sobre composição e OOP manda fazer herança, polimorfismo ou agrupar coisas no mesmo objeto, por isso OOP não funciona bem na maioria dos casos que as pessoas acham que ela é a solução.