POJO - Plain Old Java Object - é simplesmente uma denominação que se dá para um objeto "normal", sem nada de especial. Ele tem seus campos, seus métodos, seus construtores, etc, mas não segue [necessariamente] nenhum padrão pré-estabelecido.
À medida que a linguagem Java foi evoluindo, foram surgindo ferramentas automatizadas para se fazer interface com seu código de forma declarativa e/ou visual, sem a necessidade de escrever código manualmente. Muitas vezes essas ferramentas exigiam - para realizar sua função - que as classes envolvidas estivessem escritas de uma forma bem específica, caso contrário elas não seriam compatíveis com essas ferramentas.
Um exemplo são os JavaBeans, que na época que eu estudei tinham como objetivo facilitar a criação de interfaces gráficas de usuário (não sei como é hoje, nem se esse objetivo foi pra frente - pois não trabalho mais com Java há anos). Um JavaBean precisa de, das duas uma:
Seguir uma convenção bem rígida, incluindo um construtor sem parâmetros e métodos para se obter e atribuir valores aos seus campos ("getters e setters") com um padrão de nomenclatura e assinatura (i.e. número e tipos dos parâmetros e valor de retorno);
Usar uma classe auxiliar - BeanDescriptor ou algo assim - para descrever a estrutura da classe às ferramentas que trabalham com Beans, caso não fosse possível usar a convenção acima. (o que "mata" boa parte das vantagens de se trabalhar com beans)
Outro formato são os EJB - Enterprise JavaBeans - nesse caso focados numa arquitetura orientada por serviço (SOA), se não me engano. E sempre que surgia uma ferramenta nova - por exemplo, para fazer o mapeamento objeto-relacional - era comum se exigir um padrão diferente, por vezes conflitante.
Diante dessa multiplicidade de padrões, e dos problemas que isso acarretava, passou-se a tentar tornar as ferramentas que lidam com código flexíveis o bastante para aceitar qualquer formato, independentemente de padrão. Na falta de um nome próprio para descrever essa característica, cunhou-se o termo POJO, para expressar a ideia que "pra minha ferramenta tratar da sua classe não precisa dela ter nada especial, um objeto simples qualquer serve".
Por essa razão, dizer que qualquer objeto é um POJO (por exemplo, todo JavaBean é um POJO, mas nem todo POJO é um JavaBean) embora tecnicamente correto não quer dizer muita coisa... Por outro lado, dizer que a ferramenta X trata de POJOs fala muito sobre a flexibilidade dessa ferramenta: pois não importa em que formato suas classes estão, ela afirma ser capaz de lidar com elas. É sob essa ótica que você deve interpretar o termo "POJO", sempre que o vir.