Da mesma maneira que dividimos a evolução da indústria em grandes revoluções, também podemos segmentar a evolução da tecnologia. As revoluções industriais foram marcadas pelas grandes mudanças no sistema de trabalho. Já as revoluções tecnológicas marcaram as mudanças na forma como interagimos e nos relacionamos com as máquinas e outros seres humanos.
A primeira revolução tecnológica aconteceu na criação de uma rede de computadores, hoje conhecida como internet (♥). Essa rede que surge para ser um meio de comunicação seguro durante o período da guerra fria, ganha força, espaço e provoca uma mudança radical no mundo.
Com a evolução e expansão da internet, as pessoas descobriram novas maneiras de interagir com o mundo. Através desse canal passamos a ver de outras maneiras as formas de comunicação e consumo. Optando, cada vez mais, pelo contato remoto, principalmente quando se trata de transações financeiras e compras.
Naturalmente, esse processo também evoluiu, e estamos chamando o próximo passo de IoT (Internet of Things. Em português: Internet das Coisas). Ou seja, é a próxima revolução tecnológica e tem como objetivo conectar pessoas e dispositivos variados através do uso da internet, de sensores e equipamentos.
A ideia é que cada objeto que utilizamos permita que seja realizada uma coleta de dados sobre o seu consumo, a fim de proporcionar uma experiência melhor por meio da análise desses dados. Para que esses objetos e dados se conversem, é necessária a criação de novos sensores, desenvolvimento da nanotecnologia e da inteligência artificial.
Internet das Coisas e nossas vidas
A intenção da Internet das Coisas (IoT) não é impactar radicalmente no cotidiano das pessoas. Eu diria que é exatamente o contrário! O objetivo é que a tecnologia seja incorporada ao nosso dia a dia de maneira natural. Fazendo, sim, pequenas mudanças, mas sem que notemos imediatamente essas alterações.
A tecnologia se tornará simples e interativa, até que a utilizemos de forma intuitiva. Ao ponto de não precisarmos ler um manual para utilizar um celular ou uma geladeira que realiza compras pela internet.
Mas, nesse sentido, é fundamental que as aplicações e funcionalidades desses dispositivos inteligentes possuam uma interface simples, de fácil navegação e possibilitem uma experiência, de fato, intuitiva e agradável aos usuários
O que são essas “coisas”?
Bom, você deve ter entendido que esse tipo de tecnologia tem a ver com “coisas” que fazem parte da nossa rotina. Mas o quão profundamente podemos imaginar essas coisas? Exatamente assim, todas as coisas! Desde que possuam conectividade, os hardwares podem ser empregados em qualquer objeto para que comecem a coletar, analisar e transmitir dados.
Quer um exemplo mais prático? No segmento de cidades urbanas, por exemplo, já é possível encontrar tecnologias como rastreadores e sistemas que gerenciam o tráfego de uma cidade.
Outro exemplo? Dê um Google e leia sobre a linha de dispositivos SMART (Self-Monitoring, Analysis, and Reporting Technology, em português tecnologia de auto-monitoramento, análise e relatório), eles se comunicam pela rede e facilitam as ‘tarefas do lar’. Por exemplo, a temperatura da colcha varia de acordo com a sua respiração e frequência cardíaca. Além disso, há a possibilidade de adequar a iluminação do ambiente e umidade do ar, tudo através do mesmo aplicativo.
Mas como posso fazer parte da IoT?
IoT é um segmento multidisciplinar, que precisa do somatório de várias áreas da TI para se tornar aplicável. E possui, ainda, um potencial enorme de crescimento.
Então, se você não simpatiza com Java, banco de dados ou front-end, não se preocupe! Existem outras possibilidades. Python, por exemplo, é uma linguagem amplamente utilizada nas soluções de análise de dados (data analytics) e machine learning. Machine Learning? Isso, aprendizado de máquina! É um método que automatiza modelos de análise de dados e vem se desenvolvendo juntamente com a inteligência artificial. Em outras palavras, permite tratar um grande volume de dados, enquanto seu programa evolui com o tempo de forma autônoma.
Lembra do J.A.R.V.I.S, o sistema que tanto auxilia o Homem de Ferro? Pois bem, apresento-lhe então o “Just Rather Very Intelligent System” (em português, só um sistema muito inteligente). Caso queira saber mais, procure pelo Watson no Google, o ilustre funcionário robô da IBM.
Mas relaxa, você não precisa ser um expert da inteligência artificial para trabalhar com dados. A área de cloud computing tem crescido de forma exponencial nos últimos anos. Afinal, é quase impossível alguém ter seu próprio espaço para armazenar todos os dados coletados de todos os sensores e dispositivos espalhados pelo ambiente que será observado.
Bom, chega né? Como você deve ter notado, existe uma longa caminhada no desenvolvimento de softwares de IoT e uma infinidade de caminhos que você pode escolher para fazer parte disso. O foco é conectar pessoas e máquinas, #fikdik de mercado. Te adianta e vai atrás dos teus objetivos!