Classes abstratas podem conter estado e interface não pode. Esta é a principal justificativa para usá-la do ponto de vista mais técnico.
Do ponto de vista conceitual a classe abstrata ainda passa a ideia de que o objeto derivado é um objeto base. A interface continua passando a ideia de que o objeto que usa a interface apenas tem um recurso específico.
Ou seja, não muda nada, a não ser automatizou um pouco o processo do uso de interface.
Até o Java 7, o método concreto que cumpre o contrato da interface precisa ser escrito na classe. Havia casos que isto poderia se gerar duplicação de código. Para resolver isto a solução era criar uma classe utilitária com a implementação concreta. Aí dentro do método na classe concreta que implementa a interface era só chamar o método dentro desta classe.
No Java 8, não precisa fazer isto. O método já é escrito dentro da interface e na classe concreta não precisa escrever nada, a classe já sabe o que executar.
Note que nada impede de implementar algo diferente e sobrepor a implementação default da interface.