Existe uma coisa chamada Type System que é um conjunto de regras que determinam como os dados vão se comportar e o que pode fazer com eles. Baseia-se na teoria de tipos.
Então todas as estruturas de dados da linguagem de alguma forma estão baseadas nessas regras estabelecidas pelo sistema de tipos da linguagem que está usando.
Portanto as regras para o void
são especiais. Faz sentido ser assim? Acho que faz. Faria sentido ele ser um tipo normal? Até faria. Cada decisão tem sua implicação.
Um return
pode ser usado sem nada ou pode ser usado com uma expressão. Sem nada só pode ser usado se a assinatura do método indica que não deve retornar alguma coisa (com o void
). Se o método é void
não pode retornar alguma coisa, e a sintaxe usada está retornando alguma coisa.
Aí você vai dizer:
não está retornando algo, o método chamado é
void
evoid
indica que não existe algo ali
ou dizer:
está retornando
void
para algo que esperavoid
Sim, mas isso é circunstancial, pode mudar. Mas o pior é que dá a entender que algo está sendo retornado já que batendo o olho em return algumacoisa
parece que tem algo aí, só uma investigação mais aprofundada indicará que até é adequado.
Além disso é uma questão de consistência, em vários lugares não pode usar assim, porque deixaria usar no return
? Que ganho espera ter com isso?
Então definiu-se que qualquer método que seja void
só pode ser chamado onde se espera um statement e não onde se espera uma expressão. Isso é mais legível e funciona bem sem nenhum ponto negativo:
Test1();
return;
Quer por em uma linha?
Test1(); return;
Qualquer feature precisa se pagar. Tem que haver um justificativa para sua adoção, tem que dar um benefício real e não cobrar nada significativo.
Informalmente até falamos "o método retorna void
", mas isso está conceitualmente errado.
Outras linguagens podem adotar postura diferente.
Tem proposta para permitir isso, mas não foi muito bem aceita. Outra.