return
não retorna um valor no sentido de avaliar uma expressão e exibir o valor resultante. Ela encerra uma chamada e retorna o valor da expressão indicada para o local de origem da chamada. Por isso o uso típico com function
. Por exemplo:
f2 <- function(x) return(x + x)
f1 <- function(x) return(f2(x))
Rodar f1
gera uma pilha no ambiente global (um ambiente para f1
dentro do global, um para f2
dentro do de f1
). x + x
é avaliada dentro do ambiente de f2
; o return
em f2
retorna o valor da avaliação para o ambiente de f1
(onde a chamada para f2
foi gerada), e o return
em f1
retorna o valor para o ambiente global:
f1(2)
#> [1] 4
Se usar return
no ambiente global, ela não encontra para onde direcionar o valor, gerando o erro:
2 + 2
#> [1] 4
return(2 + 2)
#> Error: no function to return from, jumping to top level
Para uma explicação mais detalhada (e mais precisa), veja a sessão 3.5 do Manual de Definições da Linguagem R (em inglês).
OBS 1: R não possui uma função para avaliar uma expressão e gerar um valor no mesmo ambiente porque isso é o que o interpretador sempre faz.
OBS 2: Embora return
faça parte da estrutura de function
, ela pode ser usada em outros casos onde diferentes ambientes são criados ou indicados, como com eval
:
eval(expression({
2 + 2
}))
#> [1] 4
eval(expression({
if (TRUE) return(10)
2 + 2
}))
#> [1] 10
OBS 3: O uso de return
em funções não é necessário. Veja esta postagem sobre o assunto (indicada por @augusto-vasques nos comentários).
return()
deve ser utilizada dentro do escopo local de funções e nunca no escopo global. Relacionada(talvez duplicada) Onde/ quando utilizar a função return() em R?.