Pra quem não tem experiência, esses códigos costumam ser classificatórios e cada caractere quer dizer alguma coisa específica, um agrupamento, uma forma de usar, é como se fossem tags. Pode parecer mas eles não são aleatórios, eles podem até expor informações sensíveis em alguns casos, por isso não servem para segurança.
Se existe o identificador exclusivo gerado pelo banco, por que devo ter um customizado?
Isso teria que ser perguntado para quem fez, certo? Deve ser um requisito do sistema.
Pode ser que a vida toda esses códigos foram usados e não faria sentido mudar o que todo mundo está acostumado por causa do banco de dados.
Pode ser que o código usado aí tenha uma semântica específica que ajuda identificar o que é o item, então ele é melhor para as pessoas manipularem do que um ID
sequencial do DB. Portanto é uma questão de UX.
Pode ser legislação ou regulamentação ou prática comum universal do setor.
Quase nunca é a segurança, não faz sentido ser, porque isso não dá segurança. Se alguém precisa se valer disso para ter segurança no sistema então tudo está perdido. Isso é chamado segurança por obscuridade e é conhecido por ser problemático. Se tem outra medida de segurança fazer isso não muda nada, se não tem está inseguro. Se fizeram por isso, e só quem fez pode responder, trema de medo.
É muito fácil burlar o código montado e não sequencial depois de alguém ter visto alguns. Qualquer código não deve dar acesso inseguro de forma alguma. Todo sistema deve estar preparado para acesso normal seguro por formas não previstas no sistema e impedir o acesso inseguro. E note que o código é classificatório, não é um código longo e quase aleatório, como o UUID é (que tem seus problemas, mas é outro assunto). Você precisa de um bom mecanismo de autenticação e autorização que controle a segurança, aí o código é irrelevante pra isso. Regra básica: dados que vem de fora é inseguro por natureza, isso inclui os códigos recebidos.
Se o código sequencial é sensível, este que tem uma qualificação pode ser mais sensível ainda e entregar uma informação relevante, não que isso importe.
Nem entrei na questão que talvez esse código seja só para aplicações internas, porque a pergunta não deixa claro isso. Mas não caia nessa de segurança em caso algum. Repito, é 99% certo que não é segurança, o 1% é uso errado de tentar dar segurança. Vulnerabilidade será achar que o código dá alguma segurança, o "invasor" sabe que não, e conta com essa ingenuidade de quem fez o sistema. Insegurança sempre ocorre por ignorância/ingenuidade do desenvolvedor.
Existe uma outra questão que pode se fazer: por que não usar esse código como chave primária?
Já respondi em Valores que podem ser inseridos como chave primária. Resumindo, esse código pode não ser estável, então não é bom candidato.
Quais as boas práticas ou regras para gerar esse tipo de código?
Que bom perguntou o porquê. Pena que esse é um caso que só posso especular.
Boa prática é muleta para quem não quer aprender a motivação real. Entender o funcionamento daquilo em todos seus detalhes dá subsídios para tomar decisões corretas em vez de adotar algo que alguém já adotou para o caso dela, sem considerar o seu contexto, então cai nessa besteira. Boa prática pode ter sido criada porque não entende do assunto. Eu conheço um monte de coisa errada que fazem por aí sendo alegadas como boas práticas porque as pessoas não entendem o contexto, copiam sem avaliar a necessidade real. Pode ser até que era boa prática há décadas atrás, mas não faz mais sentido hoje, mas todo mundo continua fazendo.
Se pesquisar aqui sobre o uso de chave primária tem bastante informação (eu mesmo respondi várias) para entender o que pode ou não ser usado desta forma e porque a chave primária deve ser estável.
Agora, com relação ao código usado pela empresa para identificar o produto não é algo que deveria ser decidido pelo desenvolvedor, para essa pessoa o que vale é o id
do banco de dados. Esse código secundário é para as pessoas adotarem, é para melhorar a experiência do usuário, e deve ser decidido pelas pessoas que estão envolvidas no processo de negócio, não é tecnologia. É comum em algumas organizações ter um comitê para decidir esses códigos de tão importante que ele é.
Só garanta que ele pode ser acessado facilmente, tenha um índice secundário para achar rápido.
Em geral quando tem esse tipo de código não deve ser exposto o ID
da tabela, mas tem exceções.
Precisa ver se a criação dele deve ser validada de alguma forma, se houver um regra clara que possa ser confrontada com outros dados entrados.
Não estou dizendo que sei o que é melhor para esse caso, só dando alguma ideia para pensar.
Coloquei no GitHub para referência futura.