Possuímos um sistema, que chamarei de A, que atende a alguns clientes. Estamos agora realizando as primeiras integrações com os sistemas internos (ERP) desses clientes. Ao fazermos, por exemplo, uma requisição para o web service do Sistema A, o mesmo deve mapear essa requisição para um web service específico de integração (disponibilizado pelo cliente), desse modo os dados vão parar diretamente no banco de dados dos ERPs de cada cliente.
O fluxo pode ser resumido no seguinte:
Requisição Web Service Sistema A → Requisição Web Service de Integração Cliente → Banco de Dados do cliente
Porém, nem todos os clientes possuem ou irão sequer possuir integração com seus sistemas internos, então, o fluxo para eles continua sendo esse:
Requisição Web Service Sistema A → Banco de Dados Sistema A
Atualmente, o Web Service do Sistema A é feito em Java, utilizando Jersey e o Padrão REST.
Para cada classe Resource, que é onde existem os mapeamentos dos endpoints com Jersey, existe também uma classe Service específica. Nas classes services residem toda lógica de negócios existente. Por fim, o trio se completa com uma classe DAO, que é responsável pelo CRUD dos dados no banco.
Assim, dado uma funcionalidade qualquer no Sistema A, poderiam existir as seguintes classes:
RESOURCE
@Path("/funcionalidade")
@Consumes(MediaType.APPLICATION_JSON + ";charset=utf-8")
@Produces(MediaType.APPLICATION_JSON + ";charset=utf-8")
public class FuncionalidadeResource {
private final FuncionalidadeService service = new FuncionalidadeService();
@GET
@Path("/exemplo")
public String getExemplo() {
return service.getExemplo();
}
}
SERVICE
public class FuncionalidadeService {
private final FuncionalidadeDao dao = new FuncionalidadeDao();
public String getExemplo() {
// Lógica de negócios necessária aqui
return dao.getExemplo();
}
}
DAO
public class FuncionalidadeDao {
public String getExemplo() {
// Consulta o banco de dados aqui
return "Um dado buscado do banco";
}
}
Todas os Services e Daos possuem interfaces, que foram ocultadas aqui por brevidade.
Com isso, minha dúvida é a seguinte, como fazer para que para determinados clientes (aqueles que possuirem integração) a requisição seja desviada para seus web services e nunca chegue de fato a utilizar a DAO do Sistema A?
Um outro ponto que adiciona complexidade: uma única funcionalidade pode ter inúmeros métodos em seu Resource, porém, não necessariamente todos serão integrados. Isso quer dizer que: para a mesma funcionalidade, em algumas requisições a busca deve acontecer no banco de dados do cliente e para outras no banco de dados do Sistema A.
Até agora, pensei em uma possível solução para esse problema:
Ao receber a requisição do cliente no web service do Sistema A, verificamos se o cliente que realiza a requisição possui integração com essa função específica. Isso, imaginei, poderia ser feito fazendo uma consulta no banco de dados, onde cada funcionalidade teria seu código único junto ao código do cliente. Bastaria informarmos o código do cliente e o código da funcionalidade para saber se ele possui integração para ela. Porém, isso não resolve todo o problema, já que dentro de uma mesma funcionalidade pode-se haver métodos que possuem integração ou não. Sendo assim, cada método de uma funcionalidade precisaria também possuir um código único no banco de dados. Com isso, em cada requisição passaríamos o código único desse método junto com o código do cliente para saber se o cliente possui integração para esse método. Supondo que essa parte anterior funcione, o próximo passo seria, caso o cliente possuísse integração, como faríamos o desvio para seu web service ao invés da nossa DAO? Para solucionar isso, pensei em adicionar mais um nível na arquitetura do web service do Sistema A. Ficando assim o fluxo de uma requisição que possuísse integração dentro do web service:
Resource → Service → Router → DAO
A nova camada, de Routers, existiria apenas para as funções que possuíssem algum tipo de integração com qualquer cliente. Ela seria a responsável por verificar se o cliente possui integração para aquele método específico, se possuir, repassaria para outra classe a demanda de realizar essa requisição no web service do cliente. Se não, ela apenas chamará o método DAO do Sistema A.
Desse modo, a classe Router vai possuir uma referência a DAO do Sistema A, que antes ficava no Service e também uma referência a alguma espécie de RequestDispatcher para poder passar a essa classe a demanda de dar continuidade a uma requisição que possua integração.
Nessa abordagem, duas coisas me soam muito estranhas e eu ainda não as aceitei muito bem:
O fato de cada método do Resource ter que possuir um código único para poder vincular, no banco de dados, ao cliente que possuir integração. Isso parece muito sujeito a erros e de difícil gerenciamento quanto mais o software cresce.
Caso o Router descubra que o cliente tem uma integração naquele método específico, como ele vai saber qual RequestDispatcher instanciar? Cada cliente deveria ter o seu. Para cada funcionalidade integrada. Essa criação pode ser demandada para uma factory, porém, essa factory teria que possuir o código dos clientes hardcoded para poder instanciar o Dispatcher correto? Me soa como code smell.
Como eu disse, essa possível solução não me convenceu pelos contras que ela adiciona, por isso gostaria de ideias e sugestões. Quem sabe alguém que já tenha tido experiência com isso saiba nos dizer o caminho menos turbulento a se seguir.
Obrigado!