Tem algum sentido eu criar uma classe, definir três funções, duas públicas e uma privada, e fazer com que a função privada seja acessada através do método público?
No geral faz muito sentido, métodos públicos fazem parte de um contrato, da API, é o que você deixa os outros acessarem no seu objeto, já métodos privados são detalhes de implementação, são partes que não quer que fiquem conhecidas e acessíveis fora do objeto, é algo que você pode mudar quando quiser e não tem compromisso em manter sempre assim, não faz parte do contrato do objeto, é só para facilitar a organização do seu código interno.
Especificamente no exemplo não faz sentido, pelo menos acho, só posso afirmar vendo os requisitos. Intuitivamente eu acho que a fala
deveria ser pública, e mostrarMétodo()
parece só exemplo mal feito, assim parece fazer mais sentido:
public function falar() {
if (!$mudo) articulaFala();
}
private function articulaFala() {
echo("Falando...");
}
Coloquei no GitHub para referência futura.
Assim faz sentido? Depende do requisito, pode ser que esse método auxiliar privado não seja necessário, só o caso concreto para saber. Por isso sempre digo que programar não é seguir regras, não é juntar um monte de peça de lego, é entender o que está fazendo.
Qual a vantagem/desvantagem disso? (Se possível, exemplo real)
Quando vejo este tipo de pergunta já sei que a pessoa começou aprender OOP sem ter aprendido básico da programação, ou seja, está criando acabamento na casa que não tem alicerce. Percebo que a maioria das pessoas criam funções o tempo todo e não sabem porque estão fazendo aquilo, ela viu uma receita de bolo que faz assim e faz igual. Somente entendendo o básico da programação é que pode programar corretamente. Precisa entender porque quebrar o código em partes, e quais seriam essas partes, o que é pouco, o que é muito, que ganho você tem com isto. Estamos falando de DRY, de abstração.
Aí dá pra responder porque deve ser público ou privado. Ser público é fácil, é porque você precisa que aquilo seja acessível por objetos externos, só estes métodos devem ser públicos, se não precisa, não faça, tudo que é público vira contrato, você tem que cumprir pra sempre, não pode mudar nada que quebre outros códigos. Tem que evitar para que tenha boa coesão e baixo acoplamento. E o privado deve esconder tudo o que não precisa fazer parte do contrato.
Estou declamando a regrinha básica. Quem realmente sabe programar sabe a hora de usar um ou outro e depende de muito estudo, muita prática correta, muita capacidade de evolução, de se atentar aos detalhes e querer fazer o certo, algo que é bem raro hoje em dia. Por sorte hoje quando temos dúvidas podemos perguntar para pessoas aleatórias na internet, e em alguns casos achamos pessoas que conseguem avaliar de forma correta e podem nos ensinar se fizemos certo ou não, desde que conseguimos fazer a pergunta do jeito certo fornecendo todos os detalhes possíveis. O problema é que como não sabemos bem sobre o assunto temos dificuldade em avaliar se aquilo é certo ou não, e vivemos sempre dentro de um Dunning-Kruger. Claro, algumas pessoas nem querer aprender de verdade, só conhecer as receitas de bolo.
Só tem desvantagem se você fizer errado, se não atende o que precisa ou é o chamado overengineering.
Exemplos pela metade ou abstratos não ajudam muito aqui e como eu não tenho programado em PHP, principalmente não uso OOP em uma linguagem de script (OO neste tipo de linguagem não faz sentido, não sei porque as pessoas fazem isto, exceto por estar seguindo a moda), nem sei de exemplos prontos bons que demonstram isto (existe, só não está no meu dia a dia).
Outra pergunta, por que deixar o atributo privado(private $nome
, e acessar através do método?
Isto já foi amplamente respondido. Mas em resumo não faça nada que você não possa justificar porque está fazendo.