Se você sempre for comparar valores exatos de idade e de ano, a solução mais simples é usar um dicionário, em que as chaves são os valores que você quer comparar, na forma de uma tupla (simplesmente separe os valores por ,
):
tabela = {
(19, 2000): "Ruim",
(30, 2000): "Muito boa",
}
print (f"Sua nota foi {tabela[idade, corrida]}.")
Como é provável que você tenha várias "notas" que vão se repetir para faixas de idade e de metros - (por exemplo, a nota vai ser "ruim" para idade de "19" a "25" e corrida de "1500" até "2500"), não é viável, mesmo na forma de dicionário, você ter 1000 entradas com as metragens de corrida para cada idade = 10000 itens no dicionário apenas para a nota ruim.
Nesse caso, a forma mais eficiente seria algo parecido com um dicionário, mas com uma estrutura interna de "árvore" que permitisse localizar um dado valor se ele está entre dois outros valores- e a chave teria só esses dois valores.
Python não tem uma estrutura de dados dessa por padrão, e desenvolver uma pode ser um pouco complicado. Não seria difícil achar bibliotecas com isso pronto - mas aí entram vários outros fatores.
Mas, tendo em vista que você não vai ter tantas chaves assim, vale a pena uma outra estratégia: Um dicionário com as chaves, como acima, mas apenas com os valores mais baixos de cada entrada na tabela, e uma lista (na verdade duas, uma pra "idade" e uma pra "corrida", em que cada item seja esse valor mais baixo - assim, dadas as variáveis "entrada" e "corrida", em vez de usar esses valores diretamente no dicionário, você percorre a lista, e, ao encontrar um valor maior do que o dado que você tem, você pega o valor anterior e usa isso para buscar seu dado final no dicionário:
tabela = {
(0, 2000): "Muito jovem pra correr",
(18, 2000): "Ruim",
(25, 2000): "Muito boa",
# não escapa de repetir os valores para cada faixa de metros, por exemplo:
(0, 4000): "Muito jovem pra correr",
(19, 4000): "Boa",
(25, 4000): "Super homem",
}
faixas_idade = [0, 18, 25, 1000000]
faixas_corrida = [2000, 4000, 1000000]
def obtem_inicio_faixa(faixa, valor):
for item in faixa:
if valor < item:
return item_anterior
item_anterior = item
raise ValueError("Valor fora das faixas definidas")
def obtem_nota(idade, corrida):
idade_base = obtem_inicio_faixa(faixas_idade, idade)
corrida_base = obtem_inicio_faixa(faixas_corrida, corrida)
return tabela[idade_base, corrida_base]
...
print(f"Sua nota foi: {obtem_nota(idade, corrida)}")
Esse é um código realista, sem muita preocupação com otimização (por conta das buscas lineares), mas que ainda seria bem performático para um máximo de 300 a 500 faixas em cada uma das variáveis. (isso pra uma aplicação web, tendo que responder dezenas de vezes essa nota em um único segundo - para uma aplicação mono-usuário, com print e input, isso comportaria 100000 faixas facilmente). Para uma aplicação web de centenas de requisições por segundo, ou muito mais faixas, valeria a pena desenvolver a estrutura de árvore que citei anteriormente.
Como você está aprendendo, é importante observar duas coisas nesse código: o uso de funções para organizar algoritmos - mesmo nesse caso simples, tenho uma função que é usada para dois tipos de dados diferentes e o código é re-utilizado.
A segunda coisa é que não se deve misturar a entrada e saída com a lógica: o código que imprime os resultados nunca vai ficar dentro das funções que contém a lógica do programa - essas funções só localizam o valor. A "comunicação" com o usuário fica por conta de outra parte do programa, específica pra isso (nesse caso, um "print" fora das funções, mas numa aplicação maior, e funções específicas para imprimir valores - em aplicações Web, são as funções de "view", por exemplo).