Eu já tive a oportunidade de construir alguns frameworks em linguagens como PHP e Python, bem como já olhei bastante como funciona o código-fonte deles.
Basicamente, podemos entender que a ideia dos frameworks é abstrair cada coisa. E isso não é diferente com a requisição e a resposta.
Toda requisição feita por um cliente web passa pela etapa da requisição e da resposta. E essa é a ideia por trás do Silex, Slim e outros frameworks.
Os maioria dos frameworks utilizaram a classe Request
para representar a requisição vinda do cliente. Pode ser que isso varie entre um objeto vindo do parâmetro de um método ou de um factory, mas no final a finalidade sempre é representar a requisição do cliente.
Nele, deve haver informações importantes para o seu backend trabalhar, como por exemplo:
- Parâmetros de query string ou payload.
- Tipo de conteúdo requisitado, através do Content-Type ou Accept.
- Método da requisição e afins.
Essas informações, é claro, não dependem do framework. Elas estão disponíveis no PHP, como por exemplo, na variável $_SERVER
com valores prefixados por HTTP_
.
Por sua vez, a classe Response
facilita bastante a abstração da resposta enviada para o navegador. Pode parecer simples, mas quando você pensa numa estrutura do framework, você precisa estruturar muito bem o que é enviado ao cliente. Um exemplo disso é o fato da saída do browser não poder ser definida antes dos headers. No caso, com o framework você poderia, por exemplo, chamar a definição dos headers depois da definição do que será o output, pois internamente, o framework empilhará a resposta e organizará como tudo será enfiado ao browser.
Além disso, a ideia de ter uma classe de resposta é poder "encurtar" o máximo possível a quantidade de códigos que você vai digitar.
Por exemplo, um framework poderia ter o método $response->json()
, interamente transformando os dados de saída para o formato JSON
e definindo o header
necessário para que o browser entenda sua resposta nesse formato.
Tudo se resume na abstração, como citado pelo Guilherme Nascimento nos comentários. Não é nada que você já não possa fazer com o "PHP puro".
No meu ponto de vista, há vantagens e desvantagens, mas são coisas que você automaticamente assume a responsabilidade por aceitar ou não usar um framework.
Comentando alguns pontos da pergunta
Muitos frameworks que são baseados em rotas usam dois objetos no momento que ele executa a ação correspondente a rota.
Isso é porque basicamente toda o ciclo da requisição se baseia em uma requisição e uma resposta. Os dois parâmetros representa a abstração de cada um deles, podendo ter ferramentas que facilite acesso a alguams coisas.
Por exemplo, PHP puro, para decidir se vai responder com JSON ao cliente caso ele solicite isso pelo header Accept
, você teria que verificar se o valor application/json
está presente na variável $SERVER['HTTP_ACCEPT']
. Já no Framework Laravel, você poderia simplesmente chamar $request->isJson()
ou $request->wantsJson()
.
Se quiser ir além nos exemplos, podemos comentar ainda o caso do Silex (uma pena que foi depreciado), que usa a classe Response
para representar uma resposta.
Por padrão, essa classe Response
do Silex responde com o valor passado como string no primeiro parâmetro, sendo possível definir status da requisição e headers extras (coisa que alguns iniciantes poderiam ter dificuldades em fazer facilmente). Sem contar que existe classes que podem derivadas de Response
, como JsonResponse
, que teria como objetivo retornar a resposta já formatada para o cliente (já comentei isso anteriormente acima).
Essas abstrações tem como objetivo criar operações comuns e agrupá-las, como forma de facilitar a vida do programador - há quem discorde :).
PSR-7
Se tiver curiosidade, pode dar uma olhada no PSR-7. A ideia parece estar voltada para dar um norte aos desenvolvedores de bibliotecas sobre como criar as abstrações das etapas da requisição.