Para aumentar a aleatoriedade, faça uso de random.SystemRandom()
:
Acontece o seguinte: a parte mais visitada da documentação oficial mostra "chamáveis" que parecem funções, no módulo random
- fazemos
import random
a = random.randint(...)
b = random.choice(...)
Mas essas "funções" na verdade são métodos de uma classe
random.Random
que são expostos direto no módulo pra facilidade de uso.
Então, se você cria uma instância de random.Random
- vai ter como métodos essas mesmas chamadas - randint, randrange, choice, etc...
e um seed
. Só que o módulo random
tem também a classe especializada
SystemRandom
que usa como fonte dos números aleatórios a API do sistema operacional para isso. Ou seja, no Linux pega valores de /dev/random
, no Windows usa CryptGenRandom
, etc...Esses números aleatórios do sistema são, na medida do possível, garantidamente aleatórios o suficiente para uso em tarefas de criptografia, etc... e muito além dos pseudo-aleatórios que o random.Random
normal fornece.
Então, é só criar uma instância de SystemRandom
e chamar os métodos dessa instância, em vez das funções normais do módulo random:
from random import SystemRandom
random = SystemRandom ()
a = random.randint(...)
b = random.choice(...)
Quanto ao seed
, em objetos SystemRandom
a função seed
existe, por força do modelo de orientação a objetos, em que classes especializadas tem que expor os métodos e atributos dos pais, mas na verdade, ele não é usado - está até na documentação dele: Stub method. Not used for a system random number generator.
A fonte de dados aleatórios usada pelo SystemRandom
fica exposta no módulo os
e pode ser usada diretamente também com a chamada os.urandom(n)
- e devolve uma sequência de bytes com os valores fornecidos pelo sistema operacional. O SystemRandom
encapsula essa chamada e já disponibiliza todos os métodos práticos que conhecemos - randint, choice, uniform, etc...