Não há nenhuma restrição ao uso de multiprocessing de dentro de um processo criado pelo próprio multiprocessing. Mas o seu sistema está fazendo exatamente o que você manda ele fazer:
De dentro do calc_cube
, ele dorme um segundo, imprime uma vez o cubo, inicia o processo calc_square
e fica esperando o calc_square terminar. Como esse outro fica num loop infinito e nunca termina, só ele vai imprimir respostas. Qual é a surpresa?
Se você reordenar as instruções dentro co calc_cube de forma a fazer sentido: criar um único processo do calc_square (e não tentar criar um novo processo a cada execução do loop), e ficar imprimindo seus resultados sem se preocupar em esperar o outro processo, vai ver as duas impressões acontecendo simultaneamente:
def calc_cube():
p2 = multiprocessing.Process(target=calc_square)
p2.start() # inicia uma única instância do outro processo
while True:
time.sleep(1)
print("cube: %i" %(2*2*2))
p2.join() # essa linha nunca será atingida - pois está fora do while. Se o código mudar para o calc_cube ter um fim, aí sim ela faz sentido.
Pronto - isso vai funcionar e você pode testar no PC - não precisa se dar ao trabalho de colocar no rasp.
Agora - é preciso ter em mente que você não vai ter muitas vantagens de usar estratégias desse tipo - o multiprocessing é legal se você tem CPUs com vários núcleos, e mesmo assim, até o limite de 1 processo por núcleo, para algoritmos com cálculo intenso, ou 2 processos por núcleo, "estourando". Os recursos do sistema operacional que processos usam são muito grandes e você vai ter vantagens, principalmente numa máquina com um único núcleo, se usar asyncio - uma única thread alternando rapidamente entre código que sempre tem algo a fazer, enquanto outras partes do código esperam respostas de E/S.
Aqui eu escrevi uma resposta onde trato extensivamente o tópico de paralelização de código em Python: O que é Global Interpreter Lock (GIL)?