A melhor prática depende do tipo do teste, mas deve-se ter em mente que o mock é a resposta de muitos problemas.
Você tem o microserviço A e o microserviço B. Como B utiliza A, você cria um microserviço Am, que é o mock do serviço A. Ele tem a mesma API do serviço A e talvez uma API extra para ser configurado, mas a sua implementação é apenas um mock.
Os testes de unidade usarão apenas classes isoladas do módulo que estiver sendo testado e a maioria dos dependentes é mockada (mockar tudo cegamente pode ser ruim, como explico nessa resposta, é necessário saber dosar).
Já em testes de aceitação ou de integração do microserviço B, convém subir, além do serviço B, o serviço Am. Assim quando o serviço B for integrar com o A, quem vai estar respondendo na verdade será o Am.
Um exemplo, levando-se em conta o seu caso concreto, seria algo mais ou menos assim:
- O serviço A oferece a APIs
cadastrarUsuario
e login
.
cadastrarUsuario
recebe o nome do usuário e a senha e devolve um token ou um erro.
login
recebe o o nome do usuário e a senha e devolve verdadeiro ou falso.
- O serviço Am tem a mesma API que o serviço A.
- O serviço A mantém tudo em um banco de dados com persistência a longo prazo e pode se conectar com outros serviços internamente. O serviço Am mantém tudo na memória enquanto estiver rodando, não se conecta a mais nada e perde todos os seus dados assim que for desligado.
- O serviço B é responsável por realizar matrículas de usuários.
- Os testes do serviço B que necessitem do serviço B inteiro em execução, sobem também o serviço Am.
Note que a única coisa que é necessária para isso funcionar é que A e Am devam ter a mesma API. Entretanto, por vezes (nem sempre) pode ser útil que você faça com que A e Am tenham na maior extensão possível, o mesmo código, trocando-se apenas um componente interno para acessar o banco de dados.
Em especial, o mock é muito importante quando você vai integrar com um serviço externo (imagine que o serviço A seja uma API disponibilizada por terceiros para a qual você não tem qualquer controle ou conhecimento sobre a implementação). Nesse caso, é muito importante você construir um serviço Am para poder construir e testar o seu serviço B.
Por fim, existem cenários onde você vai precisar fazer testes de integração com os serviços B e A, sem mocks. O ideal é evitá-los ao máximo e minimizá-los sempre que possível, mas podem existir situações na qual evitar isso pode ser difícil, custoso ou inviável.