Se você não precisa desses dados rotineiramente, somente terá que acessá-los em circunstâncias excepcionais, então é possível armazená-los de forma segura utilizando criptografia. O ideal, é claro, seria evitar esse problema, ou deixar que algum especialista o faça (em particular, tenha atenção a qualquer legislação vigente que estabeleça critérios mínimos de segurança para esse cenário, se aplicável). Mas para referência, o procedimento seria o seguinte:
- Gere, em um computador não conectado à internet, um par de chaves público/privado. Mantenha esse computador fora da internet, e livre de malware (ou ao menos retire a chave privada dele, e apague-a do seu local de origem sem deixar rastros);
- Exporte a chave pública para seu servidor web;
- No seu serviço web, quando você receber um cartão e precisar armazená-lo, criptografe-o usando a chave pública e armazene o resultado no banco (continue descartando os dados em formato plano tão logo não precisar mais deles);
- Quando/se eventualmente você precisar desses dados de cartões para migrar um serviço ou coisa assim:
- Exporte seu banco de dados para um arquivo, e insira esses dados no computador que possui a chave privada;
- Lá, decripte os dados e prepare o script necessário para utilizá-los;
- Mova o script para uma máquina com acesso à internet, execute-o e apague-o imediatamente (de novo, usando um método seguro de remoção, que não deixe rastros).
Bônus: use um módulo de hardware para gerar esse par de chaves, de modo que a chave privada não saia nunca desse hardware (i.e. nenhum atacante remoto terá acesso a ela, ainda que 100% do seu sistema esteja comprometido), e uma vez que a chave pública tiver sido exportada desplugue esse módulo e não o use mais enquanto não tiver necessidade.
Fonte: essa resposta no security.SE. (Nota: não dê atenção à minha própria resposta lá...)