Configurando com Spring Boot
Caso este projeto utilizasse o spring boot, quais configurações ainda seriam necessárias para configurar nas classes?
Na verdade, você poderia remover parte das configurações, pois a ideia do Spring Boot é justamente juntar os componentes mais usados do Spring usando algumas convenções e evitar que você precise fazer isso manualmente.
Tanto que o Spring Boot na verdade tem "sabores" prontos para os tipos mais comuns de aplicação. Veja a lista aqui.
Num exemplo simples de projeto web, você pode conferir que a única configuração necessário foi:
@SpringBootApplication
public class Application {
public static void main(String[] args) {
SpringApplication.run(Application.class, args);
}
}
Application.properties
Olhei um exemplo em que para configurar um interceptor com o spring boot, criavam uma classe para configurar, então tem um limite para o spring boot, até onde é possível configurar com o application.properties?
O application.properties
não é um substituto para configuração da aplicação. Ele é apenas um facilitador para as variações de configuração mais comuns. Isso ajuda bastante na maioria dos casos, mas numa aplicação não trivial é quase inevitável você não ter que usar configurações via anotações ou mesmo via XML, dependendo do seu intuito.
Veja aqui a lista de configurações mais comuns.
A forma recomendada para configuração é usando anotações. Por exemplo, para declarar um novo bean, basta declarar um método numa classe de configuração qualquer cujo retorno é a instância e anotar o método com @Bean
.
Não tem nada de errado nem efeitos colaterais indesejados em fazer esse tipo de configuração, portanto não gaste tempo tentando fugir disso, a não ser que seja para usar alguma funcionalidade padrão facilmente ativada pelo application.properties
.
Exemplos e migração
Eu tenho vários exemplos de projetos usando Spring Boot no meu Github.
Acredito que a forma mais fácil de você usar SpringBoot no seu projeto seja primeiramente mudar a configuração (pom.xml
) de acordo com os exemplos, depois a configuração da aplicação (anotações e métodos das classes de configuração).
Provavelmente não precisará de qualquer mudança no sistema em si, a não ser talvez mover algum de lugar para se adequar ao padrão do Spring Boot. Então, é só uma questão de transpor a forma de configurar e com o tempo você vai descobrindo o que o Spring Boot oferece com maior facilidade.
Porém, Spring Boot não é muito mais que o Spring com convenções, então uma boa aplicação pode não ter ganho algum em migrar.