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Sempre tive essa dúvida, porque a maioria dos sites declaram argumentos PUBLIC na tag !DOCTYPE e xmlns na tag html e porque sempre os valores desses argumentos são links do w3.org? Procurei diversas vezes mas não encontrei nada, deve ter errado o termo de busca.

Exemplo:

<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd">

<html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml">
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2 Respostas 2

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Esse exemplo de código está em XHTML, um padrão que tenta unificar HTML com XML. Ambas as linguagens são bastante semelhantes, mas há algumas diferenças cruciais, por isso a necessidade de se especificar um DOCTYPE.

O Doctype é uma declaração que associa o documento corrente com um DTD ("document type definition"), este responsável por definir qual a sintaxe exata utilizada (XML ou SGML, da qual HTML é um dialeto), quais elementos são permitidos, quais atributos, etc. A sintaxe geral dessa declaração é:

<!DOCTYPE root-element PUBLIC "FPI" ["URI"] [ 
<!-- internal subset declarations -->
]>

ou:

<!DOCTYPE root-element SYSTEM "URI" [ 
<!-- internal subset declarations -->
]>

No seu exemplo, o elemento raiz é o html (a tag principal do documento), o tipo é público (pois a especificação HTML é aberta ao público), o primeiro valor entre aspas é um identificador único para aquele DTD, e o segundo valor é a URI pública do documento que o descreve.

No caso, trata-se de um XHTML. Se fosse HTML 4 modo estrito, por exemplo, seria:

<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN"
   "http://www.w3.org/TR/html4/strict.dtd">

No caso do HTML5, a sintaxe permite omitir a declaração de um DTD, dizendo somente que "o documento é HTML5" e mais nada:

<!DOCTYPE html>

Já o xmlns nada mais é que um namespace XML - como um documento XHTML é um tipo de XML, ele pode possuir um namespace que determina o significado de cada um dos elementos nesse documento. Se você quisesse embutir um outro tipo de documento dentro do XHTML, por exemplo SVG ou MathML, e esses documentos tivessem elementos com o mesmo nome dos elementos XHTML, poderia entrar em conflito. O uso de namespaces ajuda nesse sentido, permitindo que você prefixe os elementos "estrangeiros" com um identificador dizendo que eles são elementos de um tipo diferente de documento, com seu próprio namespace. Exemplo:

<html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xml:lang="en" lang="en">
  <head>
    <title>A Math Example</title>
  </head>
  <body>
    <p>The following is MathML markup:</p>
    <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML">
      <apply> <log/>
        <logbase>
          <cn> 3 </cn>
        </logbase>
        <ci> x </ci>
      </apply>
    </math>
  </body>
</html>

Fonte

Nesse exemplo acima, todos os elementos dentro de math são considerados elementos do MathML, e não do XHTML, para fins de validação. Nesse caso não foram necessários prefixos (pois os elementos não se misturaram), mas em outros casos eles poderiam ser necessários:

<!-- initially, the default namespace is "books" -->
<book xmlns='urn:loc.gov:books'
      xmlns:isbn='urn:ISBN:0-395-36341-6' xml:lang="en" lang="en">
  <title>Cheaper by the Dozen</title>
  <isbn:number>1568491379</isbn:number>

No trecho acima, o elemento title pertence ao namespace padrão do documento, enquanto o elemento number pertence a outro namespace.

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Acredito que você esteja olhando para páginas HTML4. As páginas HTML5 já mudaram de padrão.

A ideia do HTML4 era manter uma alta compatibilidade com o formato XML. Neste formato, as coisas podem ser bem restritas, com o objetivo de você poder validar contra um arquivo que contém as regras do que pode existir ou não no XML. Um exemplo disso é as NF-e brasileira. Os campos são marcados com um XMLNS (XML Name Space) que indica que tipo (ou type) deve contar cada 1, exemplo: string, data, ou até mesmo algum tipo de marcação. Estes são arquivos XSDs (XML Schema).

O HTML4 tinha esta ideia, de que tudo seria exatamente muito definido e que poderia usar validadores para verificar se a página HTML tinha algum erro.

Mas a coisa evoluiu. Percebeu-se a importância de utilizar mais marcações para identificar seções (<footer> , <header>, <section>, etc) e também de adicionar atributos não padrão (aqueles que estão nos dentro de divs e outros, como por exemplo <div data-info="X">) que são acrescentados dinamicamente por jquery, angularjs, d3 e outras bibliotecas com o intuito de tornar o HTML mais rico sem "quebrá-lo". Não faz sentido validar isso contra um namespace. Então a coisa mudou.

E uma última coisa. Como quem especificava qual era o HTML "Puro" é o W3C, eles é que possuíam sempre os XSDs mais novos e atualizados de acordo com as versões dos padrões. Portanto sempre você precisava apontar pra eles.

Não sei se é esta sua curiosidade, mas espero que ajude nas suas pesquisas.

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    Concordo com o que escreveu, mas note que HTML4 é diferente de XHTML. Essas declarações no exemplo do AP referem-se ao XHTML e não o HTML seja em que versão for. Além disso, o HTML5 não abandonou essa lógica de validação, etc, ele simplesmente deixou implícito certas coisas se você não declará-las explicitamente. (ou seja, ainda dá sim pra validar HTML5 contra um namespace)
    – mgibsonbr
    Commented 23/12/2015 às 19:46

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