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Estou fazendo um projeto em C, que é necessário a criação e leitura de um arquivo. Estou com dificuldade de implementar a leitura. Na leitura já tentei aplicar fgets(), fscanf() e o fread(). Mas nenhum deu certo. Alguém me sugere algo?

Agradeço desde já.

Segue o código:

main()
{
    //Declaração de variáveis

    Cliente *primeiro = NULL;
    int opcao;

    //Artificio para repetir o programa

    while (opcao != 5)
    {
        //Menu de opcoes

        printf("MENU\n");
        printf("<1> Novo cadastro de cliente \n");
        printf("<2> Listar clientes\n");
        printf("<3> Excluir cadastro de cliente\n");
        printf("<4> Alterar cadastrado de cliente\n");
        printf("<5> Sair");

       //lendo a opcao do menu
        fflush(stdin);
        printf("\nDigite a opcao desejada:");
        scanf("%d",&opcao);



    switch(opcao)
    {
        case 1:

        //Inserindo os clientes
        fflush(stdin);
        system("cls");
        printf("NOVO CADASTRO DE CLIENTE\n");
        primeiro = inserir_cliente(primeiro);
        getch();
        system("cls");
        break;

        case 2:
       //Listando os clientes
        system("cls");
        printf("CLIENTES CADASTRADOS\n");
        listar_cliente(primeiro);
        getch();
        system("cls");
        break;

        case 3:
        //excluir cliente
        system("cls");
        printf("EXCLUIR CLIENTES");
        primeiro = excluir_cliente(primeiro);
        getch();
        system("cls");
        break;

        case 4:
        //açterar informaçoes do cliente
        system("cls");
        printf("ALTERAR INFORMACOES DO CLIENTE");
        alterar_cliente(primeiro);
        getch();
        system("cls");
        break;

        case 5:
        //artificio para sair do programa.
        opcao = 5;
        break;

        default:
        system("cls");
        break;

    }
  }
}

Cliente* inserir_cliente(Cliente *primeiro)
{
    FILE *cli;

    cli = fopen("cadastrocliente.txt","a+");

    if(cli == NULL)
    {
        printf("Arquivo NAO pode ser aberto");
        system("pause");
        return 0;
    }

    Cliente novocliente;
    Cliente *atual = primeiro;
    char identificador = 'F';

    //Lendo as informaçoes do cliente.

    printf("\nNome:");
    fflush(stdin);
    fgets(novocliente.nome,40,stdin);
    printf("\n");

    printf("CPF:",135);
    fflush(stdin);
    fgets(novocliente.cpf,15,stdin);
    printf("\n");

    printf("Codigo:",162);
    scanf("%u",&novocliente.codigo);
    printf("\n");


    //Verificando se o cadastro já existe.

    for(atual=primeiro; atual!=NULL; atual=atual->prox)
    {
        if(atual->codigo==novocliente.codigo)
        {
            identificador= 'V';
            break;
        }
    }
    if(identificador!='V' && (strlen(novocliente.nome)!=1 && strlen(novocliente.cpf)!=1))
    {
        //Alocando os espaços e guardando as informaçoes do cliente.
        Cliente* ClienteNovo=(Cliente*) malloc(sizeof(Cliente));
        strcpy(ClienteNovo->nome,novocliente.nome);
        strcpy(ClienteNovo->cpf,novocliente.cpf);
        ClienteNovo->codigo=novocliente.codigo;
        ClienteNovo->prox=primeiro;


        printf("Cadastro realizado com sucesso.");


        fprintf(cli,"%u\n",novocliente.codigo);
        fprintf(cli,"%s",novocliente.nome);
        fprintf(cli,"%s",novocliente.cpf);

        system("cls");

        printf("Codigo: %u",novocliente.codigo);
        printf("\nNome: %s",novocliente.nome);
        printf("CPF: %s",novocliente.cpf);


        getchar();
        fclose(cli);
        //system("cls");

        printf("\n\nPRESSIONE QUALQUER TECLA PARA VOLTAR AO MENU PRINCIPAL.");
        return ClienteNovo;
    }

     else
    {
        printf("Cadastro INVALIDO",160);
    }

}

void listar_cliente(Cliente* primeiro)
{

    FILE *cli;

    cli = fopen("cadastrocliente.txt","r");

    if(cli == NULL)
    {
        printf("Arquivo NAO pode ser aberto.\n");
        system("pause");
        //return 0;
    }



    Cliente* atual; //Ponteiro para percorrer a lista sem perder a referência do primeiro elemeto da lista.


        //Imprimindo os clientes da lista, e suas respectivas informações.


    for(atual = primeiro; atual != NULL; atual = atual -> prox)
    {
        printf("\n Nome:");
        printf("%s", atual -> nome);
        printf("\n CPF:",162);
        printf("%s", atual -> cpf);
        printf("\n Codigo:");
        printf("%u",atual -> codigo);
        printf("\n\n");

    }

    if(primeiro == NULL)
    {
        printf("\n\nNENHUM CLIENTE CADASTRADO.\n");
    }


    fclose(cli);


    printf("\n\nPRESSIONE QUALQUER TECLA PARA VOLTAR AO MENU PRINCIPAL.");
}

Cliente* excluir_cliente(Cliente* primeiro)
{
    FILE *cli;

    cli = fopen("cadastro.txt","a");

     if(cli == NULL)
    {
        printf("Arquivo NAO pode ser aberto");
        system("pause");
        return 0;
    }

     Cliente *anterior=NULL;// ponteiro para saber o elemento anterior ao elemento atual da lista.
     Cliente *atual=primeiro;//Ponteiro para percorrer a lista sem perder o primeiro elemento da lista.
     unsigned long int codigo=0;


     //Requisitando e lendo o código do cliente a ser excluido.
     printf("\nCodigo do cliente a ser excluido:",162,161);
     fflush(stdin);
     scanf("%u",&codigo);

     //Procurando o cliente na lista

     while(atual!= NULL && atual->codigo!=codigo)
     {
         anterior=atual;
         atual=atual->prox;
     }

     //Mensagem caso o cliente não seja encontrado.

     if(atual==NULL)
     {
         printf("\n Cliente NAO encontrado.",198);
         printf("\n\nPRESSIONE QUALQUER TECLA PARA VOLTAR AO MENU PRINCIPAL.");
         return primeiro;
     }

     //Excluindo o primeiro cliente da lista.

     if(anterior==NULL)
     {
         printf("\n Conteudo EXCLUIDO com sucesso.",163,161);
         primeiro=atual->prox;
     }
     //Excluindo um cliente do meio da lista.
     else
     {
         printf("\n Conteudo excluido com sucesso.",163,161);
         anterior->prox=atual->prox;

     }
     //Desalocando o espaço da memoria.
     free(atual);
     printf("\n\nPRESSIONE QUALQUER TECLA PARA VOLTAR AO MENU PRINCIPAL.");
     return primeiro;

     getchar();
    fclose(cli);

}

void alterar_cliente(Cliente* primeiro)
{
     char nome_substituto[40], cpf_substituto[40];
     unsigned long int codigo;
     Cliente* atual=primeiro;

     //Requisitando e lendo o codigo do cliente a ser alterado.

     printf("\n\nCodigo do cliente a ser alterado:",162);
     fflush(stdin);
     scanf("%u",&codigo);

     //Procurando o cliente na lista.
     while(atual!=NULL && atual->codigo!=codigo)
     {
         atual= atual->prox;
     }

     //Alterando os dados do cliente.

     if(atual!=NULL)
     {
         printf("\nNovo Nome:");
         fflush(stdin);
         fgets(nome_substituto,40,stdin);
         strcpy(atual->nome,nome_substituto);

         printf("\nNovo cpf:",135);
         fflush(stdin);
         fgets(cpf_substituto,40,stdin);
         strcpy(atual->cpf,cpf_substituto);

         printf("\n Dados ALTERADOS com sucesso.");

     }else{
         printf("\n\n Cliente NAO Encontrado",198);
     }

     printf("\n\n\nPRESSIONE QUALQUER TECLA PARA VOLTAR AO MENU PRINCIPAL.");
}
1
  • Há várias partes aonde você usa números que serão utilizados no printf, como por exemplo printf("CPF:",135); e printf("\nCodigo do cliente a ser excluido:",162,161); - Porque os números estão lá se eles não serão usados nunca? Commented 9/11/2015 às 7:25

1 Resposta 1

3

Use fread e fwrite. Para usá-los, você deve abrir o arquivo em modo binário.

O tamanho do arquivo é obtido por meio de fseek seguido de ftell.

Aqui vai uma forma de inserir ou atualizar o cliente no arquivo. Se o código não existir, ele insere. Se existir ele altera:

// Estrutura que mostra como o cliente é salvo no arquivo.
// Isso é diferente da forma como ele é representado em memória por não haver o ponteiro prox.
// Outras diferenças podem vir a ser possíveis também.
typedef struct {
    char nome[41]; // 40 caracteres mais o terminador nulo.
    char cpf[16]; // 15 caracteres mais o terminador nulo.
    int codigo;
} ClienteArquivo;

void inserir_ou_alterar_cliente_no_arquivo(Cliente* cliente) {
    FILE *arquivo = fopen("cadastrocliente.dat", "a+b");

    if (arquivo == NULL) {
        printf("Arquivo NAO pode ser aberto.\n");
        system("pause");
        return;
    }

    fseek(arquivo, 0L, SEEK_END);
    int tamanho_do_arquivo = ftell(fp);
    int numero_de_registros = tamanho_do_arquivo / sizeof(ClienteArquivo);

    ClienteArquivo lido;

    // Percorre o arquivo até achar a posição aonde o cliente está lá.
    // Ao término, i será o número do registro no qual o cliente está,
    // ou então será o fim do arquivo (numero_de_registros) se o cliente
    // não for encontrado.
    int i;
    for (i = 0; i < numero_de_registros; i++) {
        fseek(arquivo, i * sizeof(ClienteArquivo), SEEK_SET);
        fread(&lido, sizeof(ClienteArquivo), 1, arquivo);
        if (lido.codigo == cliente->codigo) break;
    }

    // Copia os dados do cliente.
    memset(&lido, 0, sizeof(ClienteArquivo)); // Limpa para evitar que eventuais lixos na memória acabem sendo escritos no arquivo.
    strcpy(lido.nome, cliente->nome); // Copia o nome.
    lido.nome[40] = 0; // Força o terminador nulo.
    strcpy(lido.cpf, cliente->cpf); // Copia o CPF.
    lido.cpf[15] = 0; // Força o terminador nulo.
    lido.codigo = cliente->codigo; // Copia o código.

    // Se terminou de percorrer o for e não achou no arquivo, então posiciona no final.
    if (i == numero_de_registros) fseek(arquivo, 0L, SEEK_END);

    // Escreve o cliente.
    fwrite(&lido, sizeof(ClienteArquivo), 1, arquivo);

    fclose(arquivo);
}

A exclusão é um pouco mais difícil, pois o tamanho do arquivo diminui neste caso. Além disso, excluir no meio do arquivo deixaria buracos. A solução é copiar o último registro do arquivo para a posição em que ocorreu a exclusão e então fazer o tamanho do arquivo diminiur.

void excluir_cliente_no_arquivo(Cliente* cliente) {
    FILE *arquivo = fopen("cadastrocliente.dat", "a+b");

    if (arquivo == NULL) {
        printf("Arquivo NAO pode ser aberto.\n");
        system("pause");
        return;
    }

    fseek(arquivo, 0L, SEEK_END);
    int tamanho_do_arquivo = ftell(fp);

    if (tamanho_do_arquivo != 0) {

        int numero_de_registros = tamanho_do_arquivo / sizeof(ClienteArquivo);

        ClienteArquivo ultimo;

        // Lê o último registro.
        fseek(arquivo, tamanho_do_arquivo - sizeof(ClienteArquivo), SEEK_SET);
        fread(&ultimo, sizeof(ClienteArquivo), 1, arquivo);

        ClienteArquivo lido;

        // Percorre o arquivo até achar a posição aonde o cliente está lá.
        // Ao término, i será o número do registro no qual o cliente está,
        // ou então será o fim do arquivo (numero_de_registros) se o cliente
        // não for encontrado.
        int i;
        for (i = 0; i < numero_de_registros; i++) {
            fseek(arquivo, i * sizeof(ClienteArquivo), SEEK_SET);
            fread(&lido, sizeof(ClienteArquivo), 1, arquivo);
            if (lido.codigo == cliente->codigo) break;
        }

        // Se achou, substitui o registro encontrado com o último e diminui o arquivo.
        if (i < numero_de_registros) {
            fseek(arquivo, i * sizeof(ClienteArquivo), SEEK_SET);
            fwrite(&ultimo, sizeof(ClienteArquivo), 1, arquivo);
            ftruncate(fileno(arquivo), tamanho_do_arquivo - sizeof(ClienteArquivo));
        }
    }
    fclose(arquivo);
}

Por fim, você também vai precisar buscar um cliente no arquivo e retornar os seus dados:

ClienteArquivo* procurar_cliente_no_arquivo(int codigo) {
    FILE *arquivo = fopen("cadastrocliente.dat", "a+b");

    if (arquivo == NULL) {
        printf("Arquivo NAO pode ser aberto.\n");
        system("pause");
        return NULL;
    }

    ClienteArquivo *lido = (ClienteArquivo *) malloc(sizeof(ClienteArquivo));

    // Percorre o arquivo até achar a posição aonde o cliente está lá.
    // Ao término, i será o número do registro no qual o cliente está,
    // ou então será o fim do arquivo (numero_de_registros) se o cliente
    // não for encontrado.
    int i;
    for (i = 0; i < numero_de_registros; i++) {
        fseek(arquivo, i * sizeof(ClienteArquivo), SEEK_SET);
        fread(lido, sizeof(ClienteArquivo), 1, arquivo);
        if (lido.codigo == codigo) break;
    }

    // Se não encontrou, desaloca a memória alocada e retorna NULL.
    // Se encontrar retorna um ponteiro para a estrutura alocada. 
    if (i == numero_de_registros) {
        free(lido);
        lido = NULL;
    }

    fclose(arquivo);
    return lido;
}

Essa função acima retorna um ponteiro com os dados do cliente. Posteriomente você vai precisar criar um Cliente com base no ClienteArquivo retornado, vez que ClienteArquivo não tem ponteiro para o próximo registro. Você também não deve se esquecer de chamar o free no ClienteArquivo retornado quando não precisar mais dele. A função retornará NULL se não encontrar o cliente com o código procurado.

E então você só deverá manipular arquivos apenas por meio dessas funções. Nada de usar fopen, fwrite, fread, fprintf ou qualquer coisa assim que não seja dentro dessas três funções acima. Desta forma, você deixa as partes que manipulam os arquivos diretamente isoladas nestas funções, e evita que elas se espalhem e compliquem o resto da aplicação. Se você não quebrar essa regra, isso tornará as suas funções inserir_cliente, listar_cliente, alterar_cliente e excluir_cliente (bem como quaisquer outras que você precisar criar) muito mais simples e menos propensa a possíveis erros de programação, uma vez que você vai separar as funções que manipulam arquivo das funções que manipulam estruturas de dados em memória.

E atenção: estas funções são muito sensíveis quanto ao formato do arquivo! Se você criar ou alterar o arquivo cadastrocliente.dat por algum meio que não seja essas três funções, você vai acabar corrompendo o seu arquivo e deixando o seu programa maluco. Sempre que você alterar o formato de ClienteArquivo, recomendo destruir o arquivo anterior para evitar a possibilidade de manipular registros com formatos errados. E uma vez que ele agora é um arquivo binário, e não um arquivo texto, eu até mudei a extensão de .txt para .dat. Não tente manipular este arquivo no bloco de notas ou tratá-lo como se fosse texto.

Outras dicas:

  • Tenha cuidado com o fflush(stdin). O seu código não funcionará no linux! Além disso, se estiver no linux, você terá que usar system("clear"); ao invés de system("cls");. Veja nessa resposta do link como resolver isso e dê uma lida nos comentários da resposta também.

  • Não passe parâmetros inúteis no printf. Tais como por exemplo: printf("CPF:",135); e printf("\nCodigo do cliente a ser excluido:",162,161);, aonde o 135, o 162 e o 161 são inúteis. Há vários lugares aonde você faz isso.

  • Use 0 e 1 para falso e verdadeiro, ao invés de F ou V. O principal motivo é que esta é a forma padrão no C e também o código fica mais fácil de ler, pois você simplificaria if (identificador == 'V') ou if (identificador != 'F') para if (identificador), e simplificaria o if (identificador != 'V') ou if (identificador == 'F') para if (!identificador).

  • Sempre que for usar fclose, certifique-se de que ele é usado em todos os possíveis caminhos da função. Na sua função excluir_cliente, por exemplo, isso não acontecia quando o cliente não era encontrado. Entretanto, se você manipular o arquivo apenas com as três funções acima e eliminar a manipulação de arquivos de todos os demais lugares, este problema desaparecerá.

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