Bem a algum tempo atrás, quando tive algumas aulas de J2ME para Mobile (praticamente falecido ✞), onde fui apresentado a um conceito de escopo até então desconhecido por mim, que seria esse:
{
// cria um novo escopo
}
Onde em qualquer lugar de um método é possível forçar novos escopos. Pesquisando encontrei algumas fontes e referências que podem ser o artigo Thinking in Java no site Linuxtopia e esta outra questão do StackOverflow.
Então buscando otimizar alguns recursos em meus aplicativos Android, pensei em refatorar meus códigos para tirar proveito dessa forma de gerenciamento de recursos, só que não tenho conhecimento se isso realmente pode fazer alguma diferença.
Então apresento o seguinte exemplo, para contextualizar minha dúvida:
Exemplo:
Suponhamos que eu tenha uma class
grande que aloque muitos recursos ao ser inicializada:
public class ClasseGrande{
// ...
public void alocaMuitosRecursos(){
// Aqui inicia varios atributos da ClasseGrande()
// ...
}
public String obtemResultado(){
return "Resultado da classe grande";
}
}
E as 3 seguintes abordagens de utilização:
Abordagem 1 (A minha atual):
// tudo no mesmo scope
public void testScopeMethod1(){
ClasseGrande classeGrande = new ClasseGrande();
classeGrande.alocaMuitosRecursos();
// ... usar a classe grande
String resultado = classeGrande.obtemResultado();
// agora não se utiliza mais a classe grande só se manipula seu resultado
// faz vários processos com o atributo resultado
// ...
// termina método, e só aqui todos os recursos são liberados para GC. Certo?
}
Abordagem 2 (utilizando métodos para dividir escopos):
// utiliza método para trocar de scope
public void testScopeMethod2(){
String resultado = processaClasseGrande();
// faz vários processos com o atributo resultado
// ...
// termina método, e libera os recursos do método testScopeMethod2
}
private String processaClasseGrande(){
ClasseGrande classeGrande = new ClasseGrande();
classeGrande.alocaMuitosRecursos();
// ... usar a classe grande
return classeGrande.obtemResultado();
// aqui a classe grande já é liberada, pois finalizou-se seu escopo de método. Certo?
}
Abordagem 3 (utilizando sub escopos dentro do próprio método, logo após utilizar o recurso):
// com sub scope no método
public void testScopeMethod3(){
String resultado;
{
ClasseGrande classeGrande = new ClasseGrande();
classeGrande.alocaMuitosRecursos();
// ... usar a classe grande
resultado = classeGrande.obtemResultado();
// aqui a classe grande já é liberada, pois finalizou-se seu escopo. Certo?
}
// agora não se utiliza mais a classe grande só se manipula seu resultado
// faz vários processos com o atributo resultado
// ...
// termina método, e libera os recursos do método testScopeMethod, mas a classe grande já foi libera logo após ser utilizada. Certo?
}
Perguntas:
- Isso faz realmente diferença de performance? Por que?
- Se faz diferença, as abordagens 2 e 3 apresentam diferenças de performance? Onde e por que?
- Se isso faz algum sentido, seria uma boa prática ter isso em mente para projetos robustos, principalmente pensando em dispositivos moveis?
null
à referência, para tentar liberar logo o objeto grande (chamando o GC depois).System.gc()
)? Pois essa minha duvida seria não somente para métodos robustos, mas sim para sempre tentar ir por esse caminho, tentando minimizar os recursos a cada parte da aplicação, buscando assim um resultado mais eficiente e otimizado, e a ideia de escopo me parece uma forma mais limpa e legível de fazer isso, comparado a setarnull
e chamar explicitamente o GC. Mas não descarto a possibilidade se for para obter melhor otimização de recursos, pois hoje estou enfrentando graves problemas deOutOfMemory
em meu aplicativo.largeHeap
já estou utilizando, meus problemas são pontuais em alguns dispositivos de baixo padrão, como alguns aparelhos da Genesis, por exemplo. Mas quero pelo menos minimizar esses problemas nesses dispositivos, o que já me garantiria uma maior confiabilidade em aparelhos superior.