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O ganho no uso de void como tipo de retorno de métodos/funções é apenas de legibilidade?

E o tipo never introduzido nas últimas versões (mais especificamente na versão 8.1) do PHP é semelhante ao void? Quais os contextos de seu uso?

1 Resposta 1

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Já respondi sobre a vantagem de usar a tipagem declarada de tipos em funções aqui e aqui. O ganho é principalmente em robustez. Quem sabe um dia o JITter possa dar algum ganho de performance em algumas situações quando há o tipo explícito.

Ter o tipo declarado e documentado pode melhorar a facilidade de entender o que a função exerce e o que se espera fazer com ela, então pode facilitar um pouco o uso do recurso. O código em si não chega ficar mais legível por causa disso, mas a documentação fica, se é que podemos usar esse termo.

void

void é um tipo, pelo menos na maioria das linguagens, que indica que não deve ter nada ali, nem mesmo um valor nulo para indicar invalidade. Ele é muito usado em tipos de retorno de funções.

Em geral, em muitas linguagens, ele impede de usar o resultado da função em uma expressão, você não poderia nem chamar em um echo por exemplo, mas não em PHP que é aceito e funciona normalmente, não podendo valer alguma coisa dependendo do contexto, até pode ser usado como se fosse um 0.

Então a vantagem dele, além da geral já citada acima, é que no return ele dará errado se tentar colocar alguma coisa. Não é uma ótima vantagem, mas ajuda.

function funcao(): void {
    return 1; // dá erro
}

never

Já o never só deve ser usado em uma função que nunca retorna, ou seja, ela nunca terminará de executar, é uma função de fim de execução do script. Raramente ele é útil, mas é interessante informar quando a função tem essa característica de matar a execução em algum momento dela e que nada depois dali será executado. Funções assim só devem ser chamadas no fim do script ou condicionalmente, se fizer sentido. Se a função tiver esse tipo de retorno declarado não pode ter um return dentro da função, nem mesmo implicitamente poderá ter um.

function funcao(): never {
    exit();
    return 'fim'; // dá erro
}

Mas também dá erro porque há um return implícito no fim da função:

function funcao(): never {
    if (false) exit();
}

Coloquei no GitHub para referência futura.

Uma exceção também pode ser usada para encerrar a função sem um return.

Então com eles o código fica mais robusto e documenta melhor a intenção.

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