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Um comportamento inesperado (pelo menos pra mim), ocorreu com os seguintes trecho de código que irei demonstrar abaixo:

const str = new String('olá SOpt');

console.log('Usando "in"', 'length' in str); // true
console.log('Usando "hasOwnProperty"', str.hasOwnProperty('length')); // true

Repare que até aqui, nada de novo, funcionou como esperado, mas o código abaixo me fez ficar com dúvidas:

const str = 'olá SOpt';

console.log('Usando "hasOwnProperty"', str.hasOwnProperty('length'));
console.log('Usando "in"', 'length' in str); // vai lançar um erro

Se rodar o código acima, o segundo console.log vai ter um erro dizendo algo como:

Uncaught TypeError: Cannot use 'in' operator to search for 'length' in olá SOpt

Foi ai que as dúvidas surgiram...eu esperava que fosse funcionar normalmente o uso do in porque uma string tem uma propriedade length

const str = 'olá SOpt';

console.log('Usando "hasOwnProperty"', str.hasOwnProperty('length'));
console.log('lenght: ', str.length); // 8

Só que usando 'length' in str retornou um erro. Obviamente, minha linha de raciocínio em achar que in e hasOwnProperty eram a mesma coisa, só uma forma "enxuta" de escrever, falhara:

const str = new String('olá SOpt');

console.log('Usando "in"', 'length' in str);
console.log('Usando "hasOwnProperty"', str.hasOwnProperty('length'));

const str2 = 'olá SOpt';

console.log('Usando "hasOwnProperty"', str2.hasOwnProperty('length'));

try {
  console.log('Usando "in"', 'length' in str2); // ocorre um erro
} catch (error) {
  console.log(
    `Erro ao usar o "in" em: console.log('Usando "in"', 'length' in str2);`,
  );
}

Perguntas

  • Qual a diferença entre o operador in e o método hasOwnProperty?
  • Quando usar um ou outro?
  • Por que o in em string declarada usando new String('foo') funciona, mas não funciona com 'foo'?

Só por curiosidade, tentei usar em estrutura do Map, mas pelo visto, somente .has() funciona para o mesmo:

let map = new Map();

map.set('name', 'Cardeal');

console.log('name' in map);              // false
console.log(map.hasOwnProperty('name')); // false
console.log(map.has('name'));            // true

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1 Resposta 1

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Qual a diferença entre o operador in e o método hasOwnProperty? Quando usar um ou outro?

Operador in

O operador in pode ser utilizado em objetos para verificar a existência de alguma propriedade. O in percorre toda a cadeia de protótipos até encontrar a propriedade, retornando falso do contrário.

O operador in verifica existência de qualquer tipo de propriedade, o que inclui propriedades cuja chave é um symbol e propriedades não enumeráveis.

Utilize-o quando você quiser verificar se determinado objeto possui uma propriedade, própria ou herdada via cadeia de protótipos.

Método Object.prototype.hasOwnProperty e função Object.hasOwn

Já o método hasOwnProperty é definido no protótipo do construtor Object. Desse modo, quase todo valor do JavaScript possui esse método uma vez que quase todos os objetos nativos da linguagem estendem, prototipicamente, Object.prototype.

O hasOwnProperty funciona de modo similar ao in. No entanto, não percorre a cadeia de protótipos. Somente as propriedades do "próprio objeto" (do inglês, own property) são varridas para a verificação.

Utilize hasOwnProperty quando você quiser verificar se o objeto em questão possui determinada propriedade, desconsiderando herdadas prototipicamente.

A função Object.hasOwn, introduzida recentemente na linguagem, tem o mesmo comportamento semântico se comparado ao método hasOwnProperty. Se o ambiente suportar, é preferível utilizar Object.hasOwn pelos motivos aqui explicitados.*


O operador in só trabalha com objetos

O erro mencionado na pergunta, tal como:

Cannot use 'in' operator to search for 'length' in [...]

Ocorre tendo em vista que o operador in funciona somente em objetos. Quando você tenta aplicá-lo diretamente em um primitivo (tal como string, number, symbol etc), o erro em questão será lançado, já que os valores não se tratam de um objeto, mas sim de um valor primitivo.

Por isso que:

let strObject = new String('oi');
let strPrimitive = 'oi';

console.log('length' in strObject); // -> true    Não lança erro.
console.log('length' in strPrimitive); // Error   Lança erro.

Ao utilizar new String, ocorre a instanciação de um novo objeto string. Portanto, in funcionará (já que fora aplicado em um objeto). Contudo, ao tentar aplicar in em strPrimitive (que foi atribuída ao valor avaliado pela literal 'oi', que é um primitivo string), o erro é lançado.

Da especificação da linguagem:

RelationalExpression : RelationalExpression in ShiftExpression

  Let lref be the result of evaluating RelationalExpression.
  Let lval be ? GetValue(lref).
  Let rref be the result of evaluating ShiftExpression.
  Let rval be ? GetValue(rref).
  If Type(rval) is not Object, throw a TypeError exception.
  Return ? HasProperty(rval, ? ToPropertyKey(lval)).

Repare que o algoritmo explicitamente lança um erro no caso do segundo operando de in não for do tipo objeto.

Vale salientar que o operador in ainda pode performar as chamadas private brand checks, que não são possíveis com Object.prototype.hasOwnProperty ou Object.hasOwn. Contudo, isso vai além do escopo desta resposta. Ver mais sobre isso aqui e aqui.


Notas e observações finais

  1. Vale observar que primitivos (como string) podem ter acesso aos métodos do respectivo construtor por um mecanismo do JavaScript chamado "primitive wrapping". Isso significa que, internamente, trata-se de um primitivo, mas que encontra-se "envolvido" por um objeto, o que permite acesso aos métodos (como o próprio hasOwnProperty, que advém da herança prototípica). Por algum motivo a linguagem foi feita para considerar o acesso a propriedades de primitivos algo factível, mas não permite aplicá-los ao in. É confuso, mas é a linguagem. Que aceitemos.
    Mais detalhes nestas outras respostas.

  2. Em relação ao Map, tanto in quanto hasOwnProperty não podem ser utilizados para verificar existência de um valor pela chave no mapa tendo em vista que o funcionamento do Map é diferente de um "objeto normal". Os valores do Map não são armazenados como se fossem meras propriedades de um objeto, isto é, os valores do mapa não são exatamente "propriedades". Portanto, a existência desses valores não pode ser testada por hasOwnProperty ou in, que trabalham com propriedades.

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