Sua atitude é louvável gostaria que mais programadores fossem assim.
Estas funções são chamadas de callback. Elas são criadas justamente para responder com uma ação a algo que o ambiente onde sua aplicação está rodando exige. Normalmente são passados dados para funções. Esta é uma forma de passar algoritmos para funções. Note que esta função que você está criando é por si só um parâmetro de uma função que você está chamando. É assim que o callback (em inglês) funciona.
Neste caso você não vê as chamadas em lugar algum porque isso é feito dentro do navegador ou pelo menos dentro de alguma biblioteca que você está usando. Você não vê as chamadas porque elas não são responsabilidade da sua aplicação.
Note que nada impede de você mesmo criar um mecanismo assim dentro da sua aplicação. Existem algumas vantagens em fazer isto em alguma situações dando bastante flexibilidade e poder à aplicação. Claro que se criar todo o mecanismo na sua aplicação você terá que criar a chamada a estas funções em algum lugar.
Esta é uma excelente forma de comunicação de partes que não se conhecem, muito usado para tratar eventos (em inglês), assincronicidade como a usada em AJAX (em inglês) ou mesmo para completar com alguma ação que um módulo precisa mas deve ser fornecida pelo usuário daquele módulo. Muitas vezes esse módulo é uma API (em inglês).
Então você tem que estudar a API que está usando. Tem que procurar pela documentação que explique o que aquilo faz, porque ela é importante e as diversas formas de usar. Sabendo de todas informações você poderá ser muito mais criativo. Isso é o que diferencia os verdadeiros desenvolvedores dos seguidores de receita de bolo.
Na documentação tem a assinatura da função. Ou seja, lá mostra como deve ser declarada a função que a API vai chamar. Mostra os parâmetros que ela deve receber e o que ela deve retornar. Normalmente descreve ela dá exemplos do mínimo que deve ser feito no corpo da função. Você pode fazer o que e do jeito que quiser internamente, só precisa respeitar os protocolos de entrada e saída e fazer algo minimamente útil que em alguns casos pode até mesmo ser nada.
Em alguns casos pode ser exagero usar algo assim. Nos exemplos usados eu não sei dizer se há alguma vantagem real em usar o each()
. No fundo ele substitui o uso do for each
para deixar o código menor, até onde eu sei nada mais que isto, pelo menos neste caso. Diminuir o código é bom mas não é algo sem custo, isto não deveria ser o objetivo principal. Muitas vezes é melhor usar o Vanilla JS pelo menos porque ele é muito mais rápido mas neste caso é menos flexível também e a legibilidade é questionável.
Mas este é um caso fácil de entender:
// args is for internal usage only
each: function( obj, callback, args ) { //note que args não faz parte da API pública
var i = 0,
length = obj.length,
isArray = isArraylike( obj );
if ( args ) { //aqui trata quando há algo interno acontecendo
if ( isArray ) {
for ( ; i < length; i++ ) {
if ( callback.apply( obj[ i ], args ) === false ) {
break;
}
}
} else {
for ( i in obj ) {
if ( callback.apply( obj[ i ], args ) === false ) {
break;
}
}
}
// A special, fast, case for the most common use of each
} else { //tratamento do caso público que é que nos interessa
if ( isArray ) { //tratamento especial se for um array
for ( ; i < length; i++ ) { //varrrrá todo array passado
if ( callback.call( obj[ i ], i, obj[ i ] ) === false ) {
break; //encerra quando a chama acima falhar
}
}
} else { //outros objetos
for ( i in obj ) { //vai analisar cada elemento do objeto passado
if ( callback.call( obj[ i ], i, obj[ i ] ) === false ) {
break;
}
}
}
}
return obj;
},
Coloquei no GitHub para referência futura.
Fonte.
Esse é o each()
do jQuery que você não sabe de onde vem a chamada.
Note que quem faz a operação individual é a função callback.call
que faz parte do JavaScript. É uma função que serve justamente para chamar outras funções que são passadas como argumento. Em última análise a função call
será chamada. Ela tem a infra-estrutura necessária para realizar a efetiva execução da função desejada.
Isso não tem nada com meta-programação. Pelo menos não diretamente.
Documentação do getJSON()
.
Documentação do on()
.
Documentação do each()
.