Versão curta
Você precisa colocar os objetos dentro da hierarquia desejada para ter esse efeito. Há duas formas de se fazer isso, ou através de namespaces ou através de composição de objetos mesmo.
Usando a composição de objetos, bastaria declarar as propriedades da maneira que você quer acessar, como mostro nesse exemplo do dotnetfiddle. Tem alguns problemas com esse código, então falo um pouco mais sobre isso a seguir.
Usando a hierarquia de namespace, você poderia declarar o tipo Volume
dentro do Controle
, como pode ver aqui, mas também há problemas nesse caso específico.
O uso do static
no seu exemplo me parece equivocado. Assim como a própria composição sugerida, de acessar o objeto Volume
através do Controle
. Como o Controle
usa o Volume
, é responsabilidade do próprio Controle
saber e não quem vai utilizá-lo.
Uma pequena melhoria seria encapsular o volume dentro do controle e expor somente a ação de controlar o volume. Assim:
class Controle
{
Volume volume;
public Controle()
{
volume = new Volume();
}
public void AumentarVolume()
{
volume.Aumentar();
}
}
Veja esse exemplo também
Um pouco mais sobre o assunto
Posso não ter entendido corretamente a sua intenção, mas caso eu tenha entendido você levar em consideração alguns outros conceitos da orientação a objetos.
Então vou separar em tópicos os que acredito que estão relacionados ao exemplo que você expôs:
Classes e Objetos
Na orientação a objetos, uma classe define um tipo que representa de maneira abstrata um conceito de qualquer coisa - material ou não.
Seguindo o seu exemplo, imaginando que estamos falando de um controle de TV, poderíamos ter:
- Classe que abstrai a TV
- Classe que abstrai o controle (que possi vários comandos)
- Classe que abstrai o comando que seria enviado pelo
Controle
(no seu exemplo, Volume
)
- Classe que abstrai a interação do controle com a TV (no seu exemplo,
Program
)
Os objetos são o que torna o uso dessa abstração possível. Uma vez definida a abstração Controle
, por exemplo, para usá-lo será necessário antes criar uma representação 'material' dessa abstração. Na orientação a objetos essa representação é dada através de uma instância de Controle
(Controle meuControle = new Controle();
).
Trazendo para o mundo real, a classe é como se fosse o manual do controle, que define tudo que aquele tipo de controle faz. O controle específico da sua TV é uma instância daquela definição de controle.
Propriedades, campos e métodos
As classes podem também definir propriedades, campos e métodos (entre outros elementos), que auxiliam no controle do objeto ou representam a sua composição.
Segundo a intenção demonstrada, para acessar o Volume
a partir do controle - cegamente, não considerando outras questões conceituais - você teria 3 opções:
- Declarar o
Volume
como uma propriedade do objeto Controle
- Declarar o
Volume
como uma propriedade/campo estático da classe Controle
(não seria uma prática saudável nesse contexto)
- Declarar o
Volume
no namespace Controle
(também não seria saudável)
De qualquer uma dessas maneiras você poderia obter o resultado desejado, mas há maneiras melhores de se fazer.
Veja um pouco mais sobre Propriedades e campos nessa resposta
Classes, propriedades e métodos static
Essencialmente quando falamos em elementos estáticos, significa dizer que para que aquele elemento seja usado não é necessário existir uma instância do objeto, pois os elementos estáticos não atuam na própria instância do objeto.
Essa pergunta trata desse assunto profundamente. Recomendo consultá-la.
Namespace
A outra forma mencionada é usar o Namespace
. Entre as utilidades do Namespace podemos destacar a contextualização de determinada abstração. Essa contextualização ajuda a restringir o escopo da solução apresentada na classe.
Por exemplo, supondo que estivéssemos desenvolvendo estratégias para o fantasma do jogo pacman encontrar o bonequinho. Entre outras, poderiamos definir dois algoritmos de estratégia: 1) perseguir pelo caminho que o pacman fez ou 2) tentar presumir qual a posição do pacman - baseado na localização, velocidade e direção atual dos elementos - quando o fantasma o alcançar.
Uma forma de organizar a classe que fornece esse algoritmo seria os namespaces:
namespace Pacman.Game.Gost.Strategies
{
class PersuitPath
{
// some implementation
}
}
ou
namespace Pacman.Game.Gost.Strategies
{
class EstimatePosition
{
// some implementation
}
}
Assim, o acesso a essas classes seria através do namespace var estrategia = new Pacman.Game.Gost.Strategies.PersuitPath();
. Acontece que as vezes declaramos o namespace no using
e usamos somente a terminologia do elemento dentro daquele namespace:
using Pacman.Game.Gost.Strategies;
namespace Pacman.Game
{
class Program
{
static void Main(string[] args)
{
var estrategia = new PersuitPath();
}
}
}
Abstração
O núcleo conceitual da orientação a objeto é a abstração do mundo real. Pensar no programa e seu comportamente como uma analogia do mundo real contribui na fidedignidade das soluções.
Essa abstração pode se dar em diversos níveis (mais concretos ou mais abstratos) e isso possibilita a reutilização de soluções. No seu exemplo, se a solução for construída segundo o raciocínio, Seria difícil e confuso (para dizer o mínio) usar a classe Controle
para controlar um Aeromodelo
, por exemplo, pois Volume
não faz sentido para ele.
Mais do que isso, Seria possível chamar o método Aumentar
ou Diminuir
do Volume
sem antes chamar o método Ligar
do Controle
?
São exemplos de regras do mundo real que deveriam compor o seu modelo abstrato.
Espero ter ajudado.