Primeiro - você está confundindo "classe" com "módulos".
Em Java, há uma especificidade da linguagemd e que classes públicas devem ser a unica classe pública em um arquivo do mesmo nome. Isso não tem nada a ver com "orientação a objetos" - é uma coisa do Java.
Em Python, um módulo é um arquivo com extensão .py . Em cada módulo colocamos quantas classes quisermos, públicas ou não. A independência ainda é mais marcada se forem seguidas as recomendações para nomenclatura: módulos devem ter o nome em minúsculas, e classes devem ter o nome em CamelCase.
Em alguns casos, dependendo da arquitetura do projeto, pode acontecer sim de precisarmos de uma "referencia círcular" - na sua pergunta: a ClasseA, definida no módulo_a precisar ter uma referência à ClasseB definida no modulo_b e vice-versa.
Nesse caso, como você bem notou, não dá para colocar os comandos de importação no começo do arquivo. (O Python não trava ou entra em Loop como você tenta implicar na sua pergunta - você pode ter um NameError de difícil verificação - mas se em Python você manda importar um módulo que está "importado pela metade", isso não dá erro - se você tentar usar um nome daquele módulo que ainda não foi definido no ponto em que está a importação, aí você tem um erro por que o nome não existe, e é só isso).
Então, o que você tem que ter em mente nesses casos é que: (1) O import
do Python, depois da primeira importação de um módulo, simplesmente cria variáveis no espaço de nomes local, apontando para o módulo que você mandou importar. (2) O código que está dentro do corpo de uma classe é executado durante a importação, mas o código dentro dos métodos de uma classe só é executado quando você criar um objeto daquela classe. Normalmente isso ocorre num ponto posterior da execução do programa, quando a inicialização de todos os módulos está completa.
Dito tudo isso, você pode perfeitamente fazer:
main.py:
import modulo_a, modulo_b
...
obj1 = modulo_a.ClasseA()
...
modulo_a:
...
class ClasseA:
def __init__(self, ...):
import modulo_b
self.objeto_b = modulo_b.ClasseB()
modulo_b:
class B:
def __init__(self):
...
def cria_a(self):
import modulo_a
return modulo_a.ClasseA()
Note que não há nenhuma dependencia de importação - e na verdade, esse código funcionria bem mesmo se os import
estivessem no topo nos modulo_a e modulo_b.
Agora, se eu tivesse criado um novo objeto tipo "A" dentro do "init" da ClasseB - aí seria outra historia - o objeto A ao ser criado cria um objeto B, se o B criasse um A isso criaria um loop infinito sim: mas o problema está na lógica dessa ideia, não na linguagem - se você tentar simplesmente fazer um teste de mesa e ir anotando os objetos que são criados quando você cria um objeto A dessa forma, vai ver que estará tentando criar infinitos objetos - não importa se em Python, Assembler, C, ou Portugol.