Não existe, e vou afirmar que qualquer um que diga que tem, perde credibilidade com engenheiros "de verdade".
Crítica ao livro
Foi citado nas respostas um livro que eu acho que as pessoas devem ler. Mas ao mesmo tempo tenho medo que elas leiam. Se a pessoa estiver preparada para ler, ou seja, ter um pensamento crítico, entender método científico, já ter os fundamentos da engenharia de software, que sejam pragmáticos e neutros, sem falar em ser capaz de interpretar texto adequadamente e entender o contexto do livro, que não está escrito nele, aí lê-lo pode te dar ideias, provocar questionamentos, sugerir técnicas, e pode propor boas coisas.
Isso vale para tudo na vida.
Especialmente acho o livro desastroso na mão de quem não é capaz de selecionar o que ajuda e o que atrapalha para si. E é um problema no que não é óbvio. E obviedade depende de cada um.
Há quem considere que 17 linhas de código é o tamanho máximo que uma função deve ter. E não discuta com a pessoa. Eu sequer consigo imaginar porque não é 16, ou 18, ou 13, ou 23 (por alguma razão gostam de números primos).
Crítica ao estado da forma de "pensar" da sociedade
Quando alguém afirma coisas que não podem ser afirmadas sem dizer que é uma brincadeira, ou que justifique profundamente, o que quase sempre é dizer para considerar como piada, desconfie do autor. Entregar algo "concreto" funciona bem como marketing. As pessoas gostam de respostas claras e diretas, mesmo que sejam falsas. Não fosse isso fake news não prosperava (e as pessoas não costumam sequer saber o que é fake news, a maioria acha que é a tradução literal). Validar o que a pessoa acredita, e isso é mais fácil quando ela tem pouca base sobre o que pensa, é muito poderoso. Tanto que até quem tem boa base filosófica cai nessa.
Crítica à ideia do livro
Um dos erros que comete-se é não olhar o contexto. O livro não tem um contexto claro, mas tem um implícito, e o fato de você não saber facilmente já é um indício que deve desconfiar do que tem ali. Depende do tipo de código, do tipo de equipe e do tipo de tecnologia usada.
Tem cenário que cabe algum critério. Mas não cabe em vários outros. O que vale é o bom senso. Acho que a citação do livro é interessante até isoladamente. Mas apenas se entender que isso é uma teoria útil, não uma prática sempre aplicável. Tem que olhar a alternativa. Será que ela é um benefício ou não?
Criar um objeto só para encapsular parâmetros que são naturalmente parâmetros, e não partes de um objeto, é uma das ideias mais estúpidas que eu já vi. Inclusive fere o conceito de coesão. Encapsular dados em um objeto único que faça todo sentido estarem juntos, e que isso pode ser usado em alguns lugares, faz muito sentido, em muitos casos.
Crítica à resposta genérica
Nada errado com ela, só acho que foi dado uma ênfase ao tipo de projeto e equipe sem considerar que mesmo dentro de uma equipe ou projeto tem necessidades diferentes em cada momento, em cada ponto. O contexto micro deve ser considerado mais que qualquer outra coisa. Achar que uma equipe decidir como fazer é bom, é interessante do ponto de vista político, mas não de engenharia (em alguns casos até faz também), cada um atirando para uma lado não é boa engenharia. Só me incomodou um pouco a último parágrafo que trata o aceitável de forma genérica. O que é compreensível que seja feito.
Crítica à resposta sobre PHP
A resposta não é ruim. Só não concordo com a ideia básica dela, longe de ser errada. Não sou fascistoide.
Em geral não faz sentido em linguagens de baixa cerimônia, com códigos naturalmente autocontidos. Especialmente não faz sentido em PHP (ou não fazia na origem da linguagem, agora ela quer ser Java). E mesmo que fizesse não vejo porque não usar um array simples, até mesmo associativo que só exista naquele contexto. Criar uma classe só para isso já tende ser ruim em Java, em PHP mais ainda.
Contraponto
Porém Java tem uma justificativa. É uma linguagem que preza pela performance, e mandar vários parâmetros pode custar caro. E a única forma de criar uma estrutura heterogênea para passar por referências é criando uma classe. Ainda assim só haverá ganhos se não for criar o objeto só para isso, só se ele já existir em um contexto maior dentro da aplicação. Jamais será uma boa ideia criar a classe só para passar como parâmetro. Nem do ponto de vista de organização. Isso é complicação e não simplificação. As pessoas perderam a noção do que é simples.
Em PHP sem a performance ser um requisito e tendo outro mecanismo melhor faz menos sentido ainda.
É um direito de cada um ser autor do que deseja transmitir, mas adaptar Clean Code para PHP (original) seria interessante se a adaptação mandasse fazer quase tudo ao contrário (estou exagerando um pouco aqui :) ).
Trazendo a engenharia de software "de raiz" à tona
Curiosamente isso feito sem critério diminui a coesão e pode aumentar o acoplamento, e este é um conceito antigo, muito mais que o livro, esse sim ideia original e que faz sentido.
Um ponto interessante para mostrar que a citação em isolado já é falha, é que isso vale para funções ou para métodos. Com essa precisão toda da quantidade ideal colocada nas afirmações, ter um parâmetro de diferença já muda muito. Método tem um parâmetro a mais que não é visível, ele conta ou não?
Continuando
Acho a resposta que era mais votada bastante sensível em relação a isso, só faltou justificar um pouco mais, por isso resolvi responder. Se tem vários autores dizendo coisas diferentes é a mostra cabal que não tem número ideal.
Minha justificativa
Claro, um número pequeno é interessante, ninguém pode negar.
Há quem diga que zero nem é bom, mas isso é fundamentalismo, há casos que a comunicação exige isso mesmo, pode ser que ele acesse recursos externos sem precisar de qualquer configuração, o que faria até um parâmetro ser exagero porque se for só para configurar a função, pode ser o caso de separar a função em mais que uma, mantendo como uma abstração para algo maior dentro do DRY.
Quando tem muitos parâmetros é cheiro ruim (code smell). Mas o que é ruim depende do contexto, até cheiro de gás (que é artificialmente ruim) é bom porque faz o que ele se propõe. Cheiro é indicador, não prova.
Talvez a resposta do gato mostre algo que mereça um objeto (não necessariamente classe), não por causa dos parâmetros, mas sim porque é coeso ser uma coisa só, para toda aplicação. Uma bem pensada já teria esse objeto naturalmente, aí não tem o que discutir. Minha crítica é criar a abstração sem motivo.
Eu sei por experiência própria que funções com mais de 4 ou 5 parâmetros costumam ter algo errado, mas nem todos. Sei que se tiver muitas funções assim, com os mesmos parâmetros costuma ser algo bem errado. Mas só costuma.
Um dos indicativos quando tem muitos parâmetros é que a função tem muitas responsabilidades, então a solução não é tentar diminuir o número de parâmetros é separar as responsabilidades, os parâmetros diminuirão naturalmente. Não adianta achar o problema, tem que achar a solução correta. Criar uma classe não é a única solução.
Respondendo a pergunta de forma mais direta
Forma curta (1) ou legível (2) nunca é escrever mais código (1) ou delegar para outro local (2). Escrevemos mais e em outro local quando precisa, quando traz uma vantagem maior que a desvantagem que isso traz junto.
Sempre alguém vai mexer no seu código, você, por exemplo. Poucas pessoas têm a habilidade de lembrar de tudo o que fez depois de um tempo. Também critico quem tem essa capacidade e a usa como se todos deveriam ter.
Viu? Tenho a mesma dificuldade que o AP, o número é próximo ao dele, e pouca coisa a mais que o livro. Mas já trabalhei bem com funções com 7 ou mais parâmetros. E onde tinha muitos a solução não era criar uma classe, porque não resolvia problema algum, só ficava um trecho mais curto, outros ficavam mais longos.
Um problema muito maior dessa função é que ela usa nomes pouco legíveis.
Tem linguagem que tem argumentos nomeados para evitar a dificuldade de entender o que está sendo passado. Se a linguagem não tem é uma pena, escolha ruim, mas ainda tem comentários, certo? Pode usar /*argumentoX*/
. Engraçado que ninguém pensa nessas coisas para resolver os problemas. Deve ser porque não está em nenhuma receita de bolo que tem por aí.
Não sei o contexto para falar mais sobre o exemplo mostrado na pergunta. Pode ser que mereça mesmo ter alguma forma para as coordenadas. Mas tenho dúvidas.
Não sei se PHP tem alguma recomendação oficial. Em geral essas recomendações são bobas e sendo de PHP torço um pouco mais o nariz já que coisas bem importantes de ter algo claro e objetivo, não tem.
Ter muitos parâmetros é claramente um antipattern. Só não ache que eles nunca devam ser usados ou que um número estabelecerá quando é normal ou não.
Nem falei do fato que parâmetro não é o mesmo que argumento. E que há casos que pode ter muitos parâmetros, mas usar mesmo poucos argumentos (em linguagens que possuem argumentos opcionais).
Coloquei no GitHub para referência futura.
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muda a situação um tanto