Note que diferente de threads, o fork()
cria um processo totalmente independente. Para o OS, passam a ser dois executáveis rodando em paralelo, e não dois processos do mesmo executável.
A parte que confunde do fork()
(e fundamental para entender que ele não é um substituto de thread) é que ele duplica o processo durante a execução, e na íntegra.
Ele não executa nova instância do início, ele duplica o processo inclusive no ponto em que se encontra sendo processado, com todos os valores e variáveis intactos.
Justo por isso, acho que o nome "parent" e "child" não são adequados, pois são clones perfeitos.
Em especial, neste trecho:
def pai():
while True:
newpid = os.fork()# fornece ID para um novo processo!
#NESTE MOMENTO TEM 2 CÒDIGOS EM EXECUÇÃO NESTE MESMO PONTO
E logo em seguida, cada um dos dois em execução vai cair de um lado do IF:
if newpid == 0 # Zero significa que é a cópia
filho()
else: # Diferente de zero é o original, cujo
# newpid é o ID do outro processo (o novo)
Como temos o programa duplicado e em execução no mesmo ponto, a única maneira de saber qual é qual é pelo valor diferente retornado em newpid em cada um dos casos.
A melhor maneira de entender o fork é assistir ao filme "THE PRESTIGE", que no Brasil veio como "O GRANDE TRUQUE":
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=I-zSIAgJszQ