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Tem pouco tempo que estou usando o Python e existe algumas coisas que ainda fico confuso, a minha dúvida é neste código:

import unittest
from selenium import webdriver
from selenium.webdriver.common.keys import Keys

class PythonOrgSearch(unittest.TestCase):

    def setUp(self):
        self.driver = webdriver.Firefox()

    def test_search_in_python_org(self):
        driver = self.driver
        driver.get("http://www.python.org")
        self.assertIn("Python", driver.title)
        elem = driver.find_element_by_name("q")
        elem.send_keys("pycon")
        elem.send_keys(Keys.RETURN)
        assert "No results found." not in driver.page_source


    def tearDown(self):
        self.driver.close()

if __name__ == "__main__":
    unittest.main()

Por quê no "if __name__ == "__main__":" ele não instanciou a classe PythonOrgSearch e por quê ao colocar o comando "unittest.main()" ele executou as ações da classe PythonOrgSearch? Desta forma não fica mais confuso? Alguém pode explicar por quê ele fez desta forma?

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    O "if name == "main":" não esta na classe "PythonOrgSearch" Commented 12/09/2017 às 15:52
  • 2
    Isso tem mais a ver com o como o framework unittest é usado do que com código Python puro Commented 12/09/2017 às 15:53
  • 1
    Concordo com o @JeffersonQuesado, tenta mudar os argumentos da classe para object
    – Dev
    Commented 12/09/2017 às 15:54
  • Entendi que é por causa do framework, mas ainda estou com o mesmo problema, se eu encontrar um código desta forma eu não vou saber que unittest.main() executara a classe PythonOrgSearch, como posso identificar isso, sem precisar executar o código. Commented 12/09/2017 às 17:03
  • 1
    Conhecendo o código é a única forma. A biblioteca unittest faz coisas que parecem mágicas mesmo, não seguindo muito a filosofia do "explícito é melhor que o implícito".
    – Woss
    Commented 12/09/2017 às 18:03

2 Respostas 2

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Por partes: Seu bloco class com a declaração da classe cria a classe sim - não cria uma instância da classe. Em Python isso seria feito usando o nome da classe como se fosse uma chamada a função: PythonOrgSearch(). (Sem precisar da palavra chave new como em Java e JavaScript).

O que acontece que a classe unittest.TestCase é especial no sentido de que o programador não precisa instanciar as subclasses: ao se chamar a função unittest.main(), o código lá se encarrega de usar introspecção para achar as subclasses de TestCase e executar os testes contidos nelas. Na prática, elas mal são usadas como "classes", exceto pelo fato de que você pode criar atributos no método de setup que vão estar disponíveis para os métodos de "teste".

Ou seja: esse arquivo de código declara a classe e só isso. O que faz os testes serem executados quando se chama unittest.main é o próprio código que está lá (em Python mesmo, é só abrir o arquivo e ver - apesar de ter muitas camadas de extras para tratar exceções, etc...). e isso é feito por que foi uma forma interessante que pensaram na época para disparar a execução de um grupo de testes - não tem nada de especial na linguagem em relação a isso. Sem esse código dentro do unittest.main() esse arquivo simplesmente não faria nada.

Já a linha que parece especial if __name__ == "__main__": é um pattern muito usado em Python baseado na variável especial __name__: a própria linguagem seta essa variável para ser igual o nome do arquivo .py em execução, exceto quando esse arquivo é o programa principal em execução. (Isso é: você chamou python arquivo.py. ) Nesse caso, o valor dessa variável é "__main__" (e não "arquivo"). Então, o que esse if faz é definir um bloco de código que só será executado se o arquivo atual for chamado como programa principal do Python, mas não quando ele for importado em outro arquivo, com o comando import.

O jeito padrão de escrever testes coloca nesse bloco a chamada do unittet.main, que faz o que eu descrevi acima. Fora algumas coisas especiais no logging, e tratamento de exceções, fazer o que esse unittest.main faz não é nada de outro mundo - e, uma forma simplificada pode ser feita em pouquissimas linhas. Um módulo unittest mínimo poderia ser:

class TestCase(object):
    def setUp(self):
        pass
    def tearDown(self):
        pass


def main():
   errors = []
   passed = 0
   failed = 0
   for cls in TestCase.__subclasses__():
       # acima teria que ser um pouco mais
       # sofisticado: o metodo __sublasses__
       # só  devolve as subclasses imediatas (mas não as  'netas')
       for attribute in cls.__dict__:
           if not attribute.startswith("test_"):
               continue
           if not callable cls.__dict__[attribute]:
               continue
           # A linha abaixo cria a instancia da classe em si.
           # Uma instância para cada método de teste:
           instance = cls()
           instance.setUp()
           try:
               # Execut o método de teste
               getattr(instance, attribute)()
           except Exception as err:
               message = "F"
               failed += 1
               erros.append(str(err))
           else:
               message = "."
               passed += 1
           finally:
               instance.tearDown() 
           print(message, end=" ", flush=True)

     print(f"\n\nFinished. Total tests: {failed + passed}, passed: {passed}, failed: {failed}")
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Vejo que ja tem uma resposta com uma boa explanação teórica, então vou responder sem me preocupar com o funcionamento do TesteCase, baseado nos comentáriios, vou tentar induzir o autor da pergunta a entender o significado do if __name__ == __main__

Vamos criar um script chamado foo.py

import bar
print ('Nome do modulo no arquivo foo.py:',__name__)

E outro chamado bar.py

print ('Nome do modulo no arquivo bar.py:',__name__)

Executamos foo.py vejamoos o resultado:

$ python foo.py
Nome do módulo, no arquivo bar.py:  bar
Nome do modulo no arquivo foo.py: __main__

Veja que na chamada a foo o __name__ do modulo no scritp que foi chamado é __main__, como bar foi chamado de forma 'indireta', o nome dele é o nome do proprio script, mas se vc chama-lo individualmente, veja o resultado:

$ python bar.py 
Nome do módulo, no arquivo bar.py:  __main__

Agora vamos alterar os arquivos para que bar chame foo, assim:

foo.py

print ('Nome do modulo no arquivo foo.py:',__name__)

bar.py

import foo
print ('Nome do módulo, no arquivo bar.py ', __name__)

Veja agora o resultado quando executamos foo:

$ python foo.py 
Nome do modulo no arquivo foo.py: __main__

O nome de foo aqui é __main__, porque esta sendo chamado como modulo principal, agora veja quando chamamos bar.

$ python bar.py 
Nome do modulo no arquivo foo.py: foo
Nome do módulo, no arquivo bar.py  __main__

Quando chamamos bar, ele é, agora, __main__ e como ele chama foo, esse passa a ser, digamos secundário e perde o nome __main__

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  • Quando se usa o from bar import baz, também imprimiria o Nome do módulo, no arquivo bar.py bar? Commented 13/09/2017 às 1:07
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    @JeffersonQuesado, se entendi seu questionamento, a resposta é Sim. Veja q no primeiro exemplo, só de ter importado bar, a saida foi o print do bar primeiro (resultante do import) e o print do foo. A saida de bar não seria apresentada se o comando tivesse dentro do if __name__=='__main__:, mas eu não quis fazer isso exatamente para forçar o raciocínio.
    – Sidon
    Commented 13/09/2017 às 12:45

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