Vi em uma pergunta sobre classes e estruturas que essa última deve ter no máximo 16 bytes.
Por que tem essa limitação?
Na verdade você pode usar o tamanho que quiser, a recomendação existe por uma questão de eficiência. Essa recomendação é apenas para te alertar para investigar mais se será uma boa opção se fugir de algum item desses.
Não sei se leu aqui ou em outro lugar. Ali fala que a struct
é sempre um tipo por valor, portanto uma instância dela é o próprio objeto. Sempre que copiar o seu valor tem que copiar o objeto, se ele for muito grande não fica muito eficiente. Um tipo por referência tem o objeto no heap e o que é copiado é apenas o ponteiro, no máximo 8 bytes.
Se estiver pensando se há muita cópia, há sim, toda vez que atribuir o valor há cópia, se passar ele como argumento há cópia, até o uso há cópia para o registrador e possivelmente para a pilha. Claro que a cópia para registrador ou local (stack) é muita rápida. Se o objeto já existir a cópia no heap pode ser mais ou menos rápida também. Mas há custo.
Mas eu já fiz testes e vi que em determinadas arquiteturas esse limite pode ser ultrapassado. Se o cache line do processador for maior a performance para copiar 1, 4, 16 ou 64 bytes é praticamente a mesma, se transportar 128 bytes certamente consumirá no mínimo o dobro do tempo de 64 bytes (provavelmente mais para gerenciar a complexidade), pelo menos na maioria das arquiteturas atuais. Boa parte das arquiteturas hoje em dia usam cache line de 64 bytes, então todo transporte físico interno dos bits ocorre em blocos de 512. Transferir 1 ou 64 bytes dá no mesmo. Haverá um diferença para acomodar esses dados.
Claro que se a arquitetura não tem esse tipo de otimização pode dar grande diferença. Pode ser que até 16 bytes seja muito, embora a diferença não vá ser muito grande. 16 bytes costuma ir bem em todas arquiteturas e é suficiente para objetos por valor. Se usar mais que isso talvez esteja fazendo algo que já não deveria ser por valor.
Além disto pode haver alguma otimização do compilador ou JITter que ajude certos tamanhos. É bom manter em mente que isto é detalhe de implementação e pode ser que no passado 16 bytes era o recomendado, mas agora é mais. Já li que o gatilho para mudar o código gerado é 24 ou 32 bytes em 64 bits. Nunca achei informações oficiais. Não sei detalhes mas é provável que use instruções mais modernas (SSE) que permite a cópia em bloco único. Se não usar uma instrução dessas a cópia deve ocorrer em passos, o que tornará lenta.
Se precisar de otimização extrema, se quiser evitar pressão no garbage collector é possível abusar um pouco deste tipo. Este site usa muito isso na sua arquitetura. Tem que saber o que está fazendo porque há uma semântica diferente em ser por valor ou referência, especialmente se o objeto for mutável.
Nos casos de abusar um pouco pode-se evitar a cópia com ref
, aí o objeto é referenciado e não copiado, como se fosse um tipo por referência. Então a cópia será de no máximo 8 bytes. Nem sempre é possível usar este tipo de artificio. Mas no C# 7 isso melhorou muito porque além de parâmetros é possível retornar um ref
e usar em variáveis locais. E há proposta para usar ref
em campos de um objeto, captura de lambdas, etc.
De qualquer forma é bom não abusar, e não fazer otimização prematura. Tem que observar onde e como aquele objeto será usado, além da quantidade de instâncias que haverá.
A minha experiência é que o maior problema são os objetos de vida média (objetos que chegam na Gen1 principalmente 2 e morrem em seguida), embora alguns de vida curta demais é um desperdício ser alocado no heap.
Se souber o que está fazendo uma struct
com centenas ou milhares de bytes pode ser uma boa ideia, ainda que raro.