Hoje enquanto estava fazendo um curso no Udacity (Intro to Java Programming) pensei sobre isso no exercício Update the class Person
(lição 3 29/45).
Na modelagem orientada a objetos temos o conceito de encapsulamento (esconder implementação) que não tem relação direta com proteção, mas observando um dos propósitos da POO que é fornecer uma modelagem mais próxima da organização no mundo real, por que João pode ler os "pensamentos" de Maria e não perguntar a ela?
Exemplo de classe
class Pessoa {
// Pensamentos sao privados
private List<String> pensamentos;
public void lePensamentos(Pessoa outraPessoa) {
// Por que uma pessoa pode ler os pensamentos de outra pessoa?
System.out.println(outraPessoa.pensamentos);
}
}
Exemplo de acesso "indevido" aos pensamentos de outro objeto
Pessoa joao = new Pessoa();
Pessoa maria = new Pessoa();
//João é um objeto em um mundo virtual que representa uma pessoa e seu comportamento deve ser como esperado no mundo real!
//João está curioso para saber o que Maria está pensando então ele chama um método para acabar com sua curiosidade
maria.fazPergunta("O que você está pensando Maria?");
//João percebe que ela não quis responder e achou uma solução! Acessar diretamente seus pensamentos (superpoderes!)
joao.lePensamentos(maria); // isso funciona!
A linguagem Java oferece algum recurso de proteção quanto a isso? Em Java temos o recurso de isolar partes da memória por questões de segurança? (Essa pergunta fica apenas para reflexão ou comentário extra)
Esclarecimentos
- O exemplo demonstra situações em que
joão
(instância) acessa atributos/campos de Maria que deveriam ser particulares somente dela. - A palavra "privado" está mais em outro contexto do que access modifiers em Java, aqui eu coloco esta palavra como se fosse "algo particular" que só a instância deveria ter acesso direto (pense em outros atributos também como um atributo que guarda a "senha" de alguém, etc.).
Por isso fiz a pergunta se em Java temos o recurso de isolar partes da memória por questões de segurança.
void leMente(Pessoa outraPessoa) { System.out.println(outraPessoa.pensamentos); }
e uma chamadajoao.leMente(maria);
não restaria espaço para confusão.