object
Refere-se ao tipo System.Object
que é a base para todos os outros tipos,
sejam eles tipos-referência ou tipo-valor.
Uma variável/parâmetro desse tipo permite que se associe qualquer tipo de dados,
sendo que se for uma classe,
ocorre uma atribuição simples, e se for um tipo-valor, ocorre primeiro o boxing desse valor,
e depois uma atribuição.
Além disso, há tratamento especial para tipos nullable
(Nullable<TStruct>
, no C# podendo ser representados por TStruct?
), em que,
se o nullable .HasValue
for falso, o valor é considerado null
, caso contrário,
o valor contido no nullable é boxed e então é feita a operação de atribuição.
object x = 1; // vai ocorrer boxing do valor 1, pois Int32 é um value-type
object y = "str"; // não vai haver boxing, pois String é uma reference-type
// nullable é value-type, mas nunca será boxed dentro de um object
int? i = null;
int? j = 10;
object z1 = i; // z1 será null
object z2 = j; // z2 terá um Int32 com o valor 10 boxed e atribuido à variável
var
Isso é o que se chama de açucar-sintático.
É só uma palavra chave que é usada para que o compilador adivinhe o tipo na hora de compilar.
Isso se chama inferência de tipo. Vou ser direto:
var x = 1;
var y = "str";
var z = x == 2 ? new MeuObjeto("xpto") : new MeuObject("abc");
será traduzido pelo compilador para:
Int32 x = 1;
String y = "str";
MeuObjeto z = x == 2 ? new MeuObjeto("xpto") : new MeuObject("abc");
Quando var
é a única opção?
Existe um uso em que var
não é apenas açucar-sintático.
A grande sacada nessa inferência de tipo, são os tipos anônimos, ou seja,
tipos que são criados inline, e que não possuem nome:
var a = new { Nome = "Miguel" };
Não existe tradução em C# para isso. Mas na hora de compilar,
o C# vai gerar um tipo instantaneamente, e usá-lo:
<Projection>f__0 a = new <Projection>f__0 { Nome = "Miguel" };
Sendo gerada uma classe <Projection>f__0
, perfeitamente válida!
dynamic
Essa é uma palavra chave que permite chamar métodos e propriedades de um objeto qualquer,
sem conhecer o seu tipo. Isso é conhecido como late-binding, ou seja, é associar a
chamada ao método/propriedade de destino somente no momento em que a chamada for feita.
Note que, ao fazer o dispatch, será usado um dispatcher que age exatamente como o C#
(ou o Visual Basic, se estiver usando dynamic no VB). Esse dispatcher tenta localizar o
método/propriedade/operação da mesma forma que o C# faria... e se falhar será lançada uma
exceção indicando que a chamada não poderá ser feita.
Procure saber mais sobre duck-typing, pois o conceito é muito semelhante...
senão o mesmo.
Performance do dynamic
Mas não ache que você vai perder rios de performance fazendo isso,
pois a implementação de uma chamada sobre um dynamic
é muito eficiente.
No ponto exato em que é feita a chamada,
é compilado uma chamada a um objeto estático que faz cache do método a ser chamado em
um dicionário de tipos. Isso quer dizer que a chamada só é lenta da primeira vez para cada tipo,
mas da segunda vez que for executado o mesmo código com o mesmo tipo, será muito mais rápido.
Refere-se a essa chamada como call-site.
Note que uma linha de código pode conter vários call-sites, um para cada operação sendo feita:
// existem 2 call-sites na linha abaixo:
// - uma para a propriedade Length,
// - e outro para o type-cast para int
int a = (int)dyn.Length;
dynamic
não é um tipo
dynamic
não é um tipo, mas sim, uma palavra chave que determina uma forma diferente de fazer
dispatch (escolha de que método/propriedade será chamada de fato)... para se ter um paralelo,
herança e polimorfismo são duas outras formas de fazer dispatch,
diferentes daquela feita quando dynamic
é usado.
Apesar de não ser um tipo, existem tipos que são associados à palavra chave dynamic
.
Esses tipos fazem parte da DLR (Dynamic Language Runtime)
Referência: