Qual a vantagem de fazer exclusão lógica (Ex: Setar uma flag indicando que o registro está ativo ou não), ao invés de realizar exclusão física?
É uma prática comum? É segura?
Derivada de: Physical vs. logical / soft delete of database record?
Qual a vantagem de fazer exclusão lógica (Ex: Setar uma flag indicando que o registro está ativo ou não), ao invés de realizar exclusão física?
É uma prática comum? É segura?
Derivada de: Physical vs. logical / soft delete of database record?
Geralmente, use a exclusão física somente quando você sabe com certeza que não irá precisar mais do registro na tabela.
Use a exclusão lógica quando pode ser possível que você:
possa precisar restaurar o registro em algum momento (undelete)
obter informações dos registros deletados (várias vezes requisições do cliente e não do usuário).
A decisão sobre usar uma ou outra depende individualmente de cada caso. Mas na maioria dos casos o mais recomendado é usar a exclusão lógica quando há a mínima probabilidade de haver restauração dos registros deletados.
Uma query WHERE tabela.Excluido = 0
não costuma denegrir performance, recaindo a preocupação mais sobre o tamanho de dados a armazenar. E claro, sobre a possibilidade de restaurar.
Uma alternativa também usada, em tabelas que possam vir a ter um tamanho gigante com um proporção alta de excluídos, é que mover os registros para outra tabela exclusiva para Excluidos para não afetar a performance da tabela principal.
Porém nesse caso, deve-se tomar o cuidado porque pode ser possível que não possam ser restaurados facilmente caso tenham um PK com autoincremento. Normalmente são usados para consultas de "históricos".
Esse caso pode ser usado também em questões legais, como guardar dados sobre os logins efetuados pelos usuários num site durante X anos em contraste com o dados somente informativos ao usuário/cliente do seu último login num site.
Vantagens de usar uma deleção lógica:
Auditorias: se você usar um campo data-hora para guardar a deleção, ao invés de um simples booleano / string, você pode saber quando foi deletado. E você pode usar índices e pesquisas sem problemas com isto, pois sua pesquisa será do tipo WHERE dtExclusao = NULL
ou algo assim.
Deleção mais fácil: não precisa se preocupar em manter algumas integridades na hora de fazer a deleção, já que não é feita uma deleção em cascata.
possibilidade de no futuro implementar alguma solução de inteligência/BI, já que haverá um histórico de todos os dados que poderão ser utilizados
Desvantagens:
você vai ter que controlar a deleção no seu código, sempre lembrando de ter um WHERE
para poder deixar os deletados de fora
se a tabela for muito grande e fragmentada (com alguns dados não-deletados bem espaçados no meio de vários dados deletados), a performance poderá cair, pois as tabelas são guardadas em "páginas" no disco, com algumas sendo carregadas na memória. Se os dados não-deletados estiverem todos em poucas "páginas", ótimo. Mas se o seu índice disser que tem um dado válido em cada página, o seu banco vai perder um tempo enorme lendo cada página para memória, extraindo só a linha que você precisa, e carregando a próxima página. Neste caso, para contornar isto, valeria a pena ter uma tabela de dados ativos e jogar os que forem apagados para outra tabela.
os dados da deleção em cascata continuam todos nas mesmas tabelas, ou seja, um registro é marcado como apagado na tabela pai, mas nas tabelas filhas nada indica se o dado ainda está sendo usado ou não, e as tabelas podem ficar grandes, sem conseguir jogar dados para uma tabela especial dos que foram apagados
tempo / custo de backup: já que os backups completos (full) terão um monte de dados que na verdade foram deletados
demora para gravar dados: se os índices são grandes (já que as tabelas podem ser grandes, armazenando todos os registros excluídos), a cada gravação de um novo dado pode exigir um grande tempo de construção do índice, e assim cada ação de gravar pode ter uma performance baixa
Bom, a vantagem ou desvantagem dos dois tipos de exclusão depende muito das necessidades do seu sistema.
Antes de decidir qual é a melhor prática para o seu caso, recomendo dar atenção aos seguintes aspectos:
WHERE
) em cada query desse ponto em diante;Se é necessário manter registros inativos, vá em frente e use backups
para guardar seus dados, implemente triggers que os desviem e poupe recursos conforme o necessário.
Em suma, dar permissões aos usuários que realmente devam ter o poder de exclusão, descartar aquilo que impede a otimização de seu sistema e promover uma boa interatividade máquina-usuário é sempre a melhor alternativa.
Existem dois propósitos principais:
O primeiro é que você não perde a informação definitivamente, ela permanece em algum lugar para fins de auditoria por exemplo (existem soluções melhores para isso, como manter registros especiais de histórico).
Segundo, é manter os relacionamentos. Por exemplo, vamos ver o caso típico que é desativar usuários de um sistema: Enquanto estava ativo, esse usuário realizou operações, cadastros, etc. Cada uma dessas entidades fica ligada ao usuário responsável através de campos do tipo "id_usuario", "created_by", etc, tudo apontando para aquela linha da tabela de usuários. Se eliminasse esse usuário usando um DELETE, todos esses registros ficariam quebrados, apontando para um usuário que não existe. Nessa hora é conveniente apenas inativar o usuário, assim ele não consegue mais entrar no sistema, e ao mesmo tempo você pode consultar os registros deixados por ele que estarão apontando para o usuário correto.
Se é uma prática comum:
Em algumas organizações isso é obrigatório, é simplesmente proibido dar DELETE em registros na base. Mesmo quando não precisaria. Por isso o ideal é mesmo avaliar cada situação e ver qual a melhor solução. Em muitos casos a exclusão lógica realmente é útil, e em outros você terá que usá-la mesmo não sendo :-)
Evite a exclusão lógica para não ficar com dados inúteis e irrelevantes no seu banco de dados.
Utilize a exclusão lógica somente quando for necessário! É sim uma prática comum e segura, na medida em que o código da aplicação cuide corretamente do caso (o framework Laravel, por exemplo, cuida das exclusões lógicas com extrema facilidade para o desenvolvedor).
A pergunta que resta é: quando seria necessário usar exclusão lógica?
Através da exclusão lógica, você pode recuperar o dado "deletado", ou seja, você preserva histórico, e mantém integridade no banco de dados.
Um exemplo: um produto numa loja virtual. Na medida em que existam pedidos feitos contendo esse produto, será conveniente fazer uma exclusão lógica do produto. Assim, é possível identificar os itens em pedidos pretéritos, mesmo que o produto possa ser "excluído". Ou seja: com a exclusão lógica do produto, você preserva os dados desses pedidos.
Há muitos outros casos onde a exclusão lógica é útil, importante e valiosa. Mas se não for útil nem necessária, o melhor é fazer a exclusão física mesmo, para não deixar a base de dados poluída.