As perguntas foram respondidas nas duas respostas postadas até agora. Vou acrescentar algo extra que ainda não foi dito.
Em C# a concretização do tipo ocorre em runtime e não em tempo de compilação como é o caso do C++, por exemplo. Em C++ o compilador gera uma implementação concreta sempre que um tipo diferente for utilizado.
Uma das coisas que se reclama muito em C++ é que se o código utilizar muitos tipos concretos com um template
você terá uma enorme code bloat porque cada tipo concreto gerará um código diferente da classe ou método gabaritado. Java não sofre deste problema porque no fundo tudo é object
e então só há uma implementação concreta para este tipo.
O código distribuído do C# funciona mais ou menos da mesma forma que o Java. A concretização da implementação só ocorrerá na memória. Já é um ganho, mas ainda teria um trambolho de implementações duplicadas na memória. Note que o CLR, a máquina virtual do .NET, entende o código genérico que o compilador emite. A JVM não sabe fazer isto.
Mas o CLR é mais esperto que isto. Ela cria implementações concretas para cada tipo por valor, as chamadas structs
- que o Java, ainda não tem, e por isto os tipos primitivos precisam ser encaixotados - mas para os tipos por referência só uma instância disto é criada para segurar uma referência qualquer. Afinal todas estas implementações concretas precisam ser criadas por causa da diferença semântica de valor ou referência e por causa do tamanho do dado. Os tipos por referência funcionam todos de forma idêntica e o tamanho é sempre o tamanho do ponteiro, então não tem motivo para existir uma instância da implementação para cada tipo por referência.
Em C++ não é possível fazer o mesmo porque o template
é mais flexível e cada implementação pode ser diferente, inclusive tendo comportamentos especializados.
Outro ponto que foi falado é sobre o polimorfismo. Alguns consideram até mesmo que a genericidade permite dispensar o polimorfismo se a linguagem for talhada para isto. Veja isto:
T Metodo<T>(T obj) where T : TipoPai {
return obj.ChamaAlgo(); //Qual "ChamaAlgo()" será executado?
}
O método ChamaAlgo()
a ser chamado será aquele dependente do tipo de obj
. E este tipo pode ser TipoPai
ou pode ser TipoFilho1
, TipoFilho2
, TipoNeto
, etc., ou seja qualquer tipo descendente de TipoPai
. Note que ChamarAlgo()
não precisaria ser virtual para isto funcionar nesta linguagem hipotética.
Outro aspecto que deve ser falado é que um dos motivos que os wildcards do Java foram introduzidos era permitir co e contra variância de tipos no uso dele. Em C# isto é obtido na declaração do tipo com in
e out
.
class exemplo<out T> //covariante
class exemplo<in T> //contravariante
Coloquei no GitHub para referência futura.
public <T> void metodo(T parametro1, List<T> parametro2) {
é do Java... e teria como finalidade fazer o que?parametro1
eparametro2
onde não importa qual é o seu tipo, mas importa que eles estejam relacionados (ex.: insereparametro1
na listaparametro2
).