Entregas parciais
Realmente existem projetos que demandam entregas parciais e outros com data marcada para a "entrega total". Mas o que a literatura e a experiência mostram é que o o modelo waterfall não funciona bem em praticamente nenhum tipo de projeto de software.
No caso de projetos com com "entrega total", o que geralmente se recomenda é gerar entregáveis e definir um "cliente" que vai testar o software executável. Pode ser um gerente, uma equipe de testes, o product owner ou alguém que tenha conhecimento suficiente sobre as regras de negócio.
Entretanto, na entrega para o usuário final, é inevitável um choque proporcional à quantidade de funcionalidades entregues, pois sempre haverá um gap entre o que foi entendido e o que realmente é necessário.
Enfim, se o cliente quer optar por uma entrega total, ele deve ser consciente de que o tempo necessário para ajustes não será pequeno.
E qual a diferença entre métodos ágeis e o RUP nesse sentido? Praticamente nenhuma. Observe as fases do RUP:
O RUP é dividido entre várias disciplinas, entre elas teste (test) e entrega (deployment).
Considere que a área colorida de cada disciplina representa o nível de atividade da mesma.
Desde a fase de Elaboração, o RUP já prevê atividades de teste e entrega. Aliás a ideia toda dessa fase é ter uma arquitetura executável para mitigar os maiores riscos do projeto cedo.
Voltando ao contraste entre RUP e Scrum, é claro que pode haver diferenças no tamanho da iteração e na quantidade de entregas. Considerando ainda práticas do XP, testes unitários e automação dos builds podem trazer grandes benefícios. Porém, tudo isso acaba mais em questões técnicas e particulares da equipe do que no processo em si.
Com exceção do XP, que possui várias definições técnicas, Scrum e RUP são abstratos demais do desenvolvimento de software para impor uma diferença muito grande.
Considerações gerais