Eu resolvi responder porque a resposta atualmente aceita e com muitos votos está essencialmente errada. Já explico.

A definição dada na resposta fala de inspeção e [introspecção][1], não de reflexão. Especialmente a parte final nega o que de fato é reflexão.

# O que é Reflection?

Reflexão é a capacidade de modificar código, especialmente em tempo de execução. Conforme [verbete da Wikipedia][2]. Não use a versão em português, ela não é boa para qualquer assunto.

Reflexão é tratar o código como se ele fosse um dado da aplicação.

Ele é um [mecanismo de metaprogramação][3]. Curiosamente já vi algumas pessoas desprezando a metaprogramação e glorificando a reflexão, o que mostra que as pessoas não entendem bem o que são esses conceitos. E aí sim, eu concordo que as pessoas devem ficar longe dele.

Reflexão e metaprogramação são ferramentas poderosas, mas que exigem um bom domínio da programação para usar bem. Em alguns casos só a introspecção não é tão problemática assim.

Sim, isso é feito porque C# tem muitos [metadados][4]. Isso faz com que se pague um custo de memória mesmo que não use o mecanismo.

A reflexão em tempo de compilação tornou o termo um pouco defasado, falarei mais sobre.

E admito que informalmente as pessoas misturam introspecção com reflexão porque a introspecção é parte da reflexão, mas a maior parte do tempo as pessoas estão apenas introspectando. E [há controvérsias onde começa uma e termina a outra][5].

# É recomendável usar em projetos?

A questão de ser recomendável é um pouco complicada e pode esbarrar em opiniões. Eu acho que não é recomendável. Porque recomendar é falar para usar. E não é para usar... até que seja necessário. Existem casos que é necessário para obter um resultado ou há casos que o custo compensa os benefícios.

Ela gera custo de processamento e em alguns casos é bem pesado, tornando a aplicação extremamente lenta. Você pode pagar esse custo? Tem certeza que não pode fazer de outra forma?

Existem opções melhores mesmo nos casos que alguma reflexão é necessária.

# Em quais situações Reflection pode ser usado?

Já pensou em usar *generics*, ou o acesso direto com uma informação que você já tem? São raros os casos que você consegue fazer algo útil sem saber como o tipo é estruturado e se você sabe não precisa desse recurso.

Em alguns casos ele é usado para dar alguma produtividade. Nos casos que é só para economizar digitação não vale a pena. Mas há casos que pode dar mais robustez quando dá manutenção e uma modificação acerta outras partes do código.

Mas tem que tomar cuidado porque se não usar isso muito bem a robustez se perde por completo. E em muitos casos isso só é necessário porque o *design* ou arquitetura da aplicação está ruim. Mesmo nos casos que seja interessante, pode haver maneiras melhores.

Uma maneira melhor é o uso da reflexão em tempo de compilação que dá mais robustez e até mais eficiência. O compilador tem muitas informações sobre o código e um bom pode dar uma capacidade enorme de introspecção. E o do C# é sensacional para isso desde a criação do [.NET Compiler Platform, vulgo Roslyn][6].

Embora sempre foi possível, mais recentemente algumas coisas foram facilitadas para [geração de código de fonte][7] durante a compilação, facilitando a reflexão (real) em tempo de compilação. E quase todos os casos de uso de reflexão deveria optar por esse mecanismo e não a reflexão clássica em tempo de execução.

Mas será difícil fazer as pessoas acostumarem, em geral é difícil ensinar truques novos para cães velhos e on cães novos não procuram os melhores e mais modernos materiais, pegam só o que está mais fácil na internet, ou seja, o que é ultrapassado.

Existem outros mecanismo um pouco melhores que a reflexão, e C# oferece alguns deles, como genericidade já falada, e o dinamismo de tipo como [`dynamic`][8], que também [deve ser evitado][9], mas não em troca da reflexão que é pior.

Tentando estruturar cenários:

- Carregar módulos e classes do *assembly* e criar uma instância deles em tempo de execução.
- Obter os campos de um objeto.
- Em testes, criando objetos fictícios durante a inicialização da execução.
- Para criar bibliotecas genéricas para lidar com formatos diferentes sem reimplantações, às vezes referidas, ou usando vinculação tardia implícita.
- Construir novos tipos em tempo de execução.
- Examinar e instanciar tipos em um *assembly*.
- Permitir alterar o valor de um campo marcado como `private` ou `protected` em uma biblioteca de terceiros .

Já que não são coisas ordinárias, é por conta e risco.

# Por que é útil?

Ela pode dar mais produtividade, pode dar um poder e flexibilidade maior para códigos que precisam de certo dinamismo. Ela pode substituir um trabalho árduo e maçante. Só espero que as pessoas não abusem disto, especialmente usando a reflexão em tempo de execução.

# Como usar?

Só [eu dei vários exemplos][10], especialmente em C#. Mas quase tudo é a reflexão de execução, que era predominante até então, mas agora a tendência será começar ter mais exemplos usando geração de código.

Os exemplos da outra resposta são apenas de introspecção, poderia ser diferente com [`Reflection.Emit`][11], ou técnicas mais modernas usando o Roslyn para gera código durante a compilação ou mesmo em tempo de execução.

Não adiantaria eu colocar 2 ou 3 exemplos porque é possível de diversas formas.


  [1]: https://en.wikipedia.org/wiki/Type_introspection
  [2]: https://en.wikipedia.org/wiki/Reflective_programming
  [3]: https://pt.stackoverflow.com/q/276112/101
  [4]: https://pt.stackoverflow.com/q/107111/101
  [5]: https://stackoverflow.com/q/25198271/221800
  [6]: https://pt.stackoverflow.com/q/82756/101
  [7]: https://devblogs.microsoft.com/dotnet/introducing-c-source-generators/
  [8]: https://pt.stackoverflow.com/a/161740/101
  [9]: https://pt.stackoverflow.com/q/203656/101
  [10]: https://pt.stackoverflow.com/search?q=user%3A101%20reflex%C3%A3o
  [11]: https://docs.microsoft.com/en-us/dotnet/api/system.reflection.emit?view=net-6.0&WT.mc_id=DOP-MVP-5002397