Minha resposta tende a desprender do contexto HTML. Isso porque as respostas existentes já respondem esse lado da pergunta. Quero abordar um conceito mais amplo. ---- Uma das coisas mais importantes (e para a maioria não é tão importante assim) que o livro ["Clean Code: A Handbook of Agile Software Craftsmanship", do Robert C. Martin][1], aborda é a nomenclatura que você dá para variáveis, classes e tudo mais. Isso você encontra no capítulo 2, “Meaningful Names”. # Seja expressivo e auto-explicativo ao nomear. Mas por que? A mentalidade que você tem que ter ao programar é que está programando para outras pessoas lerem seu código mais tarde. Um dia aquele trecho de gambiarra que nem você entende terá que ser mantido por alguém. O mais engraçado é que esse alguém pode ser tanto você daqui a alguns meses como uma equipe inteira. [![The only valid measurement of code quality: WTFs/minute][2]][2] <sup>A única medida válida de qualidade de código: WTFs por minuto</sup> Para provar o que eu estou dizendo, me responda: o que é que esse código faz? for (int j = 0; j < 34; j++) { s += (t[j] * 4) / 5; } Da sala da revisão de código: > "WTF?! WTF?! WTF?!" Provavelmente você não sabe e nem os revisores! Não é só porque você não sabe de que projeto ele é, ou nem a linguagem de programação. É porque as variáveis estão pessimamente escritas. Veja o mesmo código com um pouco mais de expressividade e auto-explicação: const int realDaysPerIdealDay = 4; const int WORK_DAYS_PER_WEEK = 5; int sum = 0; for (int j = 0; j < NUMBER_OF_TASKS; j++) { int realTaskDays = taskEstimate[j] * realDaysPerIdealDay; int realTaskWeeks = (realdays / WORK_DAYS_PER_WEEK); sum += realTaskWeeks; } Não só as variáveis estão melhor nomeadas mas como aqueles números que estavam fixos e fazendo cálculos foram movidos para constantes. Isso para deixar o código explicar-se por si mesmo e não precisar de milhares de comentários explicando o que ele faz. # Escrevendo nomes significativos Não é uma tarefa fácil. Os fragmentos abaixo foram retirados do livro que citei no início. ### Os nomes devem revelar suas intenções Só como você irá nomear uma função, classe ou variável você consegue transmitir a quem lê o que ela faz, como faz, por que faz e como ela é usada. int tmm; // não use int tempoMedioMinutos; // use int tempoMedioEmMinutos; // use ### Evite desinformação Para as linguagens que são fracamente tipadas, como JavaScript, isso pode causar um problemão. Por que você nomearia uma variável de `listaContas` se ela nem é uma lista? ### Faça distinções com significado Às vezes utilizamos palavras que não adicionam em nada ao nomear uma classe. O que você me fala das classes `Produto`, `ProdutoInfo` e `ProdutoData`? Elas são diferentes? Em que? Nesse caso, volte lá para "Os nomes devem relevar suas intenções" e reescreva com significado. ### Use nomes procuráveis Lembra lá atrás que falei da constante depois de te perguntar o que aquele código significava? É o mesmo caso. if (visitor.CountryCode == '1237') { visitor.redirectTo('/al'); } contra: const BLOCKED_COUNTRY_CODE = '1237' if (visitor.CountryCode = BLOCKED_COUNTRY_CODE) { visitor.redirectTo('/al'); } Conseguimos dar significado para um valor que era acoplado de uma maneira fixa, constante. Assim fica fácil de ler e de achar também. ### Mais... Aqui falei sobre o pouco do pouco que o livro aborda. É um leitura mais que recomendada para programadores. Boa leitura :) # Além do Clean Code Não é só o livro que aborda isso. A [PEP 20, do Python][3], comumemente "The Zen of Python", que pode ser aplicada não só ao Python, fala que: 1. Legibilidade de código conta 2. Explícito é melhor que implícito Dos 19 pontos que essa PEP fala, esses dois são bem aplicáveis nesse contexto. - Prefira a legibilidade, escreva para que os outros ou o futuro-você entenda - Seja explícito ao nomear os membros e ao utilizar as características de uma linguagem. Das premissas levantadas aqui, você pode inferir se nomear: <div id='1'>1</div> <div id='2'>2</div> <div id='3'>3</div> é uma má prática ou não. Pode até inferir se `$i = 0` é bom ou não. Agora sempre que programar, pergunte a si mesmo: quantos WTFs por minuto você receberia na revisão de código? Tem um [vídeo do Filipe Deschamps sobre a importância dos nomes e o Clean Code][4]. Na verdade tem uma série de vídeos sobre o Clean Code. [1]: https://www.amazon.com.br/Clean-Code-Handbook-Software-Craftsmanship/dp/0132350882 [2]: https://i.sstatic.net/rB1Jg.jpg [3]: https://www.python.org/dev/peps/pep-0020/ [4]: https://www.youtube.com/watch?v=kw3H7nj9kc4