O conceito de "módulo" é semelhante ao de "resto da divisão [inteira]":
Dividendo ou numerador: 23
Divisor ou denominador: 10
Quociente: 2
Resto: 3
Não é exatamente o mesmo conceito (segundo a Wikipedia, as linguagens de programação mais comuns - inclusive JavaScript - implementam o resto da divisão no seu operador %
, e não o módulo), mas é próximo o bastante, principalmente quando todos os números envolvidos são inteiros e positivos (como nos seus exemplos). Entretanto, não é sempre o caso:
// Em JavaScript, o dividendo determina o sinal do resto
log(23 % 10); // 3
log(-23 % 10); // -3
log(23 % -10); // 3
log(-23 % -10); // -3
// Se o dividendo não for inteiro, o resto também não é inteiro
log(23.5 % 10); // 3.5
// Se o divisor não for inteiro, não importa, o quociente é que sempre tem de ser inteiro
log(23 % 10.5); // 2
log(23.5 % 10.5); // 2.5
function log(x) { document.body.innerHTML += "<p>" + x + "</p>"; }
Outras linguagens podem seguir convenções diferentes ou possuir restrições diferentes quanto ao tipo dos operandos (não sei dizer se isso é padronizado ou não). Sobre como o cálculo é feito, creio que a resposta do Maniero já explica muito bem (sendo consistente com o operador %
em todos os casos citados acima).
Sobre o módulo em si, caso tenha curiosidade, trata-se de uma relação de equivalência entre vários valores segundo um critério bem definido. Não faz sentido perguntar "qual o valor de X módulo Y?", na verdade X é equivalente a infinitos números módulo Y:
23 ≡ 3 ≡ 13 ≡ -7 ≡ -17 ≡ ... (mod 10)
Apenas um deles - o 3
- satisfaz à relação 0 <= 3 < 10
, de modo que é comumente considerado o valor "canônico", mas isso só faz sentido (e é útil) quando o módulo (10
) é positivo e inteiro.