Como outros já mencionaram, C# não te dá uma *garantia* de que uma recursão de causa vai ser otimizada. Eu sou muito fã de recursão de cauda mas acho que que você está focando um ponco no sentido errado - eu acho que o controle de fluxo flexível é um ponto mais crucial da recursão de cauda do que a imutabilidade e isso muda um pouco a maneira de abordar esse problema. Num caso de loop simples com o do seu exemplo, usar recursão de cauda acaba sendo tão mutável e baixo nível quanto escrever seu código usando gotos. Em cada passo você tem que atualizar o acumulador *e* o contador *e* dizer que vc vai fazer um jump de volta pro inicio do loop. int acc = 1; int i = N; loop: if(i>=0){ //finge que pode usar atribuição múltipla estilo Python i, acc = i-1, acc*i; goto loop; }else{ return acc; } A única vantagem da recursão de cauda comparada com os gotos é a atribuição de mais de uma variável num passo só e que o compilador vai te avisar se você esquecer de falar o valor novo pra uma das variáveis. De qualquer forma, um for loop acaba sendo mais estruturado e alto nível, já que vc só precisa cuidar da lógica pra atualizar o produto e a atualização do contador e os gotos vem de graça. É um pouco similar a programar usando um fold ao invés de recursão de cauda int acc = 1; for(int i=N; i>=0; i--){ acc *= i; } Só que recursão de cauda não serve só pra fazer loops simples em que um função chama ela mesma. A pate onde a recursão de cauda faz mais diferença é quando você tem mais de uma função mutuamente recursiva. Um exemplo forçado é essa máquina de estados definida em Haskell: <!-- language: lang-hs --> par 0 = True par n = impar (n-1) impar 0 = False impar m = par (m-1) O equivalente disso sem recursão de causa é uma máquina de estados: int n; int m; par: if(n == 0){ return true; else{ m = n-1; goto impar; } impar: if(n == 0){ return false; else{ n = m-1; goto par; } No entanto nessa versão todas as funções tem que ser combinadas num trecho de código só, o que fere a encapsulação. Por exemplo, nós precisamos declarar todas as variáveis de parâmetro lá no topo, o que torna possível que elas sejam usadas no lugar errado. Além disso, a recursão de cauda também está presente quando chamamos uma função que nos foi passada como parâmetro. Isso é equivalente a um goto computado e não pode ser traduzido em um loopzinho estático. Nesses últimos dois casos é quando o suporte da linguagem para recursão de cauda faz mais falta. Se você tiver que fazer algo equivalente, o mais próximo vai ser usar o um padrão "trampolim", mas é meio ineficiente e bem chatinho de usar.