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Desfazendo ambiguidades.
Leonel Sanches da Silva
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POCO = Plain Old Class Object

POCO é derivado de POJO. O termo foi inventado pelo Martin Fowler. O POCO (normalmente) segue os preceitos clássicos da programação orientada a objetos, como estado e comportamento. Por exemplo:

classe Porta 
{
    // Estado
    booleano Aberta;

    // Comportamentos
    metodo Fechar() 
    {
        Aberta = falso;
    }

    metodo Abrir() 
    {
        Aberta = verdadeiro;
    }
}

DTO = Data Transfer Object

DTO seria um objeto de transferência de dados, em português. Ele seria mais a representação de um modelo de dados, portanto, contendo apenas "estados", sem comportamentos.

classe Porta 
{
    // Estado
    booleano Aberta;
}

// Não existe aqui "Abrir" ou "Fechar": aqui se manipula diretamente os valores.
minhaPorta = nova Porta();
minhaPorta.Aberta = falso;
minhaPorta.Aberta = verdadeiro;

Model

Um Model, ou modelo, já é um tanto auto-explicativo: ele representa um modelo de dados de alguma entidade sobre a qual se deseja descrever, mas não apenas isso: ele descreve também as relações entre outras entidades. Quanto mais incrementado é o Model na questão da descrição tecnológica dele, mais ele se aproxima de um DTO do que de um POCO.

Os frameworks normalmente divergem sobre o que um Model se aproxima. Em alguns casos, como Django e Ruby on Rails, o Model se aproxima de um POCO. Em outros, como o ASP.NET MVC e o Hibernate, se aproxima de um DTO.

Em todo caso, o Model é o que menos serve para uma arquitetura de três camadas (conforme proposta na pergunta) justamente porque é um padrão de design voltado para o funcionamento de um framework MVC, em que os objetos e as relações entre eles têm uma pegada muito mais tecnológica que numa arquitetura puramente orientada a objetos. Curiosamente, a arquitetura em 3 camadas se aproxima mais da abordagem puramente orientada a objetos que o MVC.

Leonel Sanches da Silva
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