Não há definição formal e duvido que um dia vá existir (é sintomático que não exista verbete na Wikipedia). Ele é subjetivo. Sempre que alguém disser o que é, desconfie. Mas é claro que algumas obervações podem ser feitas independente de opinião. É óbvio que elas são vagas, não vão ajudar muito a definir com clareza o que é o termo mas também não farão presunções tendenciosas. - O fluxo de execução da aplicação é facilmente entendível, não importa em que paradigma, (não entenda fluxo só como o fluxo imperativo). - Os diversos objetos (nada a ver com OOP) tem relacionamento claramente definidos e é fácil percebê-los. - O papel e responsabilidade de cada participante da aplicação (classes, funções, variáveis, etc.) são claros, possivelmente com nome bem escolhido. No momento não consigo lembrar de nada mais que não seja específico e subjetivo demais para ser aplicado como uma forma geral de entendimento do assunto. Então o código precisa: - Ser fácil de **entender** por quem nunca o tinha visto antes - Possibilita **manutenção** sem grandes sobressaltos. - Funciona **corretamente**. Claro que espera-se que o leitor do código seja um desenvolvedor capacitado, quem entenda bem a linguagem onde está escrito e entenda os fundamentos da computação. A não ser que um código seja escrito para fins didáticos não é obrigação do código limpo explicar de qualquer forma seu funcionamento para leigos (mesmo aqueles que são remunerados como desenvolvedores, isto existe, e muito). Aí podemos começar definir algumas coisas mais específicas que ajudam cumprir estes três requisitos destacados acima: - As unidades de código devem ser curtas e ter apenas uma responsabilidade. - As partes "públicas" (a API) devem ser claras (óbvias, sem surpresas) e concisas (faz o mínimo necessário). - As estruturas de dados e algoritmos devem funcionar como o esperado. - O código deve ser facilmente verificável. - Códigos devem ser organizados e expressivos (concisamente indica a sua intenção) Além disto provavelmente está indo além da definição básica e começa entrar no campo subjetivo. Eu até usei uma fonte bem recente para escrever esta resposta. Nem vou citá-la porque o meu texto está suficientemente diferente e o original induz à ditadura do mono-paradigma que tão bem o AP renegou. Paradigmas não são mágicos, não resolvem problemas. São ferramentas que podem ser mais ou menos adequados. O primeiro capítulo do livro está [disponível como artigo][1]. Conforme o livro vai se aprofundando ele vai sugerindo certas coisas que são discutíveis. O livro não é ruim, todo mundo deveria lê-lo, porém quem não está suficientemente preparado acaba comprando indiscriminadamente algumas técnicas no mínimo duvidosas. ---------- Só um adendo para não passar a falsa impressão que 100% do código escrito deva ser limpo. Claro que isto seria ideal mas há certos domínios em conjunto com certos requisitos que conflita com o conceito de código limpo. Pode ser raro, não ser aplicável em determinados tipos de projeto, mas existe situações assim. Como em tudo, você deve saber quando perseguir um ideal e quando ser pragmático e resolver o problema da forma mais adequada. [1]: http://www.informit.com/articles/article.aspx?p=1235624