# Semelhanças A família `apply` é um [tag:loop] escondido. O código abaixo busca reconstruir sintaticamente a semelhança entre o `lapply` e um `for`. resultado <- vector("integer", 10) for (i in seq_along(resultado)) { resultado[[i]] <- i } resultado # [1] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 resultado2 <- sapply(seq_along(resultado), function(i) { i }) resultado2 # [1] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Outra semelhança entre o `for` e o `apply` é que ambas são funções (como tudo que "acontece" no `R`). class(`for`) # [1] "function" class(apply) # [1] "function" As diferenças começam quando verificamos as filosofias que dão base a estas duas funções. # Diferenças O `for` retorna `NULL` de forma invisível. Por esta razão, ele é pensado para efeitos colaterais. Dito de outra forma, o `for` é uma função que recebe como argumento os elementos com os quais ira interagir, executa um código no ambiente em que foi chamado para cada um destes elementos, e **sempre** retorna `NULL` invisível. Mais ou menos assim, meu_for <- function(nome, iteradores, expr) { contador <- 1 while (contador <= length(iteradores)) { assign(as.character(substitute(nome)), iteradores[contador]) eval(substitute(expr)) contador <- contador + 1 } invisible(NULL) } meu_for(i, 1:10, { i }) # Não imprime nada meu_for(i, 1:10, { print(i) }) [1] 1 [1] 2 [1] 3 [1] 4 [1] 5 [1] 6 [1] 7 [1] 8 [1] 9 [1] 10 Já a família `apply` está pensada de forma mais vinculada ao paradigma funcional, que tem aversão a efeitos colaterais. Isso faz com que elas busquem retornar um valor no lugar de esperar que você o faça por meio de efeitos colaterais. # `print` e criação de objetos no `for` A fato de o `for` sempre retornar `NULL` é a razão pela qual o loop não imprime e o apply imprime. Isso ocorre porque no `R` chamar um objeto no ambiente interativo é o mesmo que chamar `print(objeto)`. Porém no meio do corpo de uma função, chamar um objeto não imprime ele. funcao <- function() { "Não me imprime" "Mas me imprime, porque sou o retorno da função" } funcao() # [1] "Mas me imprime, porque sou o retorno da função" Além disso, conforme a Jenny Bryan já disse, alguém provavelmente já escreveu um `loop` para você em funções como `base::lapply` ou `purrr::map`. A vantagem de confiar nestas formas é que 1. Você pode se aproveitar de melhorias e otimizações feitas por pessoas dedicadas a isso. 2. O código "dentro" do `loop` fica contido numa função e portanto pode ser testado e reutilizado mais facilmente.